segunda-feira, 5 de novembro de 2007

COMUNICAÇÃO HUMANA

Por Haroldo Barros

Grande Trígono entre Mercúrio, Júpiter e Saturno

O Grande Trígono entre esses três planetas abre as possibilidades para uma comunicação sábia, precisa e de boa qualidade. Aproveite essa fase para treinar e aprender essa complexa arte que é a comunicação humana.

Muitas coisas diferenciam o ser humano dos outros animais. Victor Hugo diz que o homem é o único animal que ri. Kant diz que o homem é o único ser do universo que sabe que está morrendo, enquanto o restante da criação o ignora completamente. Nietzsche diz que o homem foi o único ser capaz de criar uma divindade à sua imagem e semelhança.

Porém, a mais significativa diferença entre nós e os demais animais é o fato de que só o homem é capaz de se comunicar lingüisticamente.

O homem foi capaz de inventar um código – a palavra – para designar parcelas da realidade, idéias, intenções, sentimentos.

E desde que se estabeleceram os primeiros itens desse código, acabou-se o sossego (se é que já houve algum!) entre os homens.

Sim, pois, apesar de ser uma grande invenção, a palavra é absolutamente pobre para expressar nossos pensamentos e sentimentos. E como até agora não conseguimos ainda inventar outro jeito melhor, temos mesmo que nos valer da linguagem para comunicar-nos.

O problema é que, ao elaborar lingüisticamente os nossos pensamentos, fatal e inexoravelmente cometemos três pecados básicos: omitimos, distorcemos e/ou generalizamos informações. (1)

Essas três categorias (omissão, distorção e generalização), apontadas pelos estudiosos da Lingüística Transformacional, acabam fazendo dos processos comunicativos verdadeiros campos de batalha, onde se digladiam as nossas idéias e intenções, por um lado e a nossa (pouca) habilidade em transformá-las em palavras, por outro.

Resultado: pensamos em algo, mas dizemos outra coisa; e o que é pior, o interlocutor, ao decodificar a mensagem, vai fazê-la passar por seus próprios filtros perceptivos da realidade, já naturalmente impregnados de suas próprias idéias, princípios e critérios de julgamento. Ou seja, entre o que queremos expressar e o que o nosso interlocutor entende há uma larga (às vezes abismal!) distância.

Diante disso tudo, somos instados a buscar a mais importante habilidade comunicativa: a precisão.

O grande trígono entre Mercúrio, Júpiter e Saturno é um lembrete dos céus de que podemos e devemos ser precisos em nossos processos comunicativos, pelo bem de nossa eficácia, de nossa saúde emocional e de nossos relacionamentos.

Mercúrio nos diz que nenhum homem é uma ilha. Saturno nos determina que a maior parte dos problemas de nossa civilização (desde uma discussão entre marido e mulher até um conflito armado entre dois países) provêm de erros de comunicação. Júpiter nos convida a fazer de nossas palavras um canal celestial.

Portanto, fique atento: o trígono (ângulo de 120º) é um aspecto altamente estimulante e positivo e, ao unir Mercúrio, Júpiter e Saturno, possibilita-nos um aprendizado importante sobre a forma e os resultados da comunicação que praticamos. Aproveite a fase para efetivar em você esse aprendizado.

Algumas dicas úteis:

Nós não temos que falar sempre. Às vezes, o silêncio é tão útil ou mesmo tão eloqüente quanto um discurso inteiro.

Toda informação de boa qualidade é válida (espelha a realidade), útil (traduz-se em importância prática) e acionável (pode ser usada). Se a informação que você pretende repassar não tiver esses três atributos, esqueça-a.

A responsabilidade da comunicação é sempre do emissor da mensagem, nunca do receptor.

E lembre-se: sua palavra cria, constrói ou destrói universos. O sábio Júpiter e o aprumado Saturno ajudarão Mercúrio nesse processo, fornecendo o cimento da precisão e da sabedoria, que ligará os tijolos que suas palavras empilharão. Cabe a você fazer a opção entre construir, com suas palavras, muros ou pontes.

Enviado por Edna Paiva Recruth em 22/04/2007
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(1) O "deus" nos acuda da comunicação. "GOD" = Generalizar, Omitir e Distorcer. Ver Apostila: Curso de Leitrua e Produção de Textos. Pressupostos e subentendidos, p. 59-60.

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