segunda-feira, 28 de abril de 2008

A esperança agoniza

28 de abril de 2008
Luiz Carlos Prates - Diário Catarinense


E ninguém vai dar um basta na estupidez? Parece que não, a estupidez entroniza-se gravemente no cotidiano das esquinas do mundo. A cada dia uma nova moda. Uma nova loucura, melhor dito. Acabo de ler mais uma dessas insanidades protegidas pelos costumes, com o aval de pessoas mais velhas e até de "autoridades".

Aliás, nada mais raro, hoje, que uma "autoridade". Estou cansado de dizer que autoridade, para os meus valores, é somente a pessoa que conjuga em si mesma duas virtudes: competência e integridade. Uma pessoa competente e íntegra não precisa de títulos, diplomas, insígnias, nada. Ela é. Essa pessoa é um sol humano que prescinde de pompas e circunstâncias. Tão raro esse tipo de gente... Antes de contar o que acaba de me tirar do sério, deixe-me esgaravatar a memória, leitora.

Você lembra dos bailes de debutantes, pois não? Era o sonho das gurias, ainda que a origem daqueles bailes fosse triste. Era uma data em que os pais apresentavam a filha ao "mercado", isto é: ela passava a ficar à disposição para o mercado dos casamentos. Era essa a razão e fim de conversa, ainda que muitos pais digam, hoje, que não, que nunca foi isso. Foi sim, senhores, sempre foi isso.

Aliás, esses bailes também são do tempo em que a mulher, ao casar, "obrigava-se" a juntar ao seu nome o sobrenome do marido. Era como que uma "marcação", uma identificação de propriedade. Graças a Deus que o senador Nelson Carneiro lutou até o fim pela Lei do Divórcio, que deu liberdades à mulher. Uma dessas foi a de manter o seu nome de solteira ao casar.

Saindo de moda os bailes das debutantes, o sonho das gurias passou a ser a Disney, ganhar uma viagem à Disney como festa de 15 anos, acabavam-se os indigestos rodopios dos cafonas bailes de debutantes. E agora a moda é ganhar silicone nos seios aos 15 anos. Esse é o grande presente que "os pais" (?) dão a muitas filhas. É a moda.

Na semana passada, falei aqui dos sutiãs com enchimento para aumentar os seios das garotinhas de sete anos. Sete. E isso no Reino Unido.

Pois, agora, a gota que faltava. Do mesmo Reino Unido vem a notícia das lutas de vale-tudo entre meninos a partir dos quatro anos, eles lutam dentro de um tipo de gaiola de ferro, com apostas e gritos histéricos da torcida de homens, pais...

E agora, o que é que falta, leitor? Urge uma revolução cultural, a sociedade precisa ser salva. Onde estão os homens honrados, os salvadores? A esperança agoniza, é preciso pressa com o remédio...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Medos e Coragem - Falar em Público

Medos e coragem

Acabei de ler na revista Mens Health uma interessante reportagem sobre James Bond. Sabe bem o leitor que James Bond é um personagem de ficção, o cara nunca existiu, é uma criação de Ian Fleming. Mas todos sabemos que a obra reflete o autor. É impossível escrever, falar, gesticular, fazer um olhar, o que for, sem que nos revelemos. Aliás, Freud, a quem admiro como o sol da psicologia, deixou muito claro: o ser humano se revela por todos os poros. E não fica demasiado acrescentar: basta que tenhamos olhos de perceber e ouvidos de escutar para que o outro se revele por inteiro diante de nós.

Enfim, lia sobre James Bond. Nessa reportagem eram citadas algumas das virtudes do espião inglês. Uma dessas virtudes é não ter medo de falhar. E outra é viver a vida intensamente, sem medo de derrotas. Tudo bem, James Bond nunca existiu, mas as virtudes observadas na personalidade dele como figura de ficção são perfeitamente reais, todos passamos por essa história de ter ou não coragem, de viver ou deixar o tempo passar, vegetando.

E aí, leitora, o que dizer disso? O medo de não falhar vem da infância, dos primeiros estímulos que nos chegaram aos sentidos, todos somos medrosos, mais ou menos. Todos somos corajosos, mais nisto ou naquilo, mas temos, sim, nossa coragenzinha.

O diacho é viver corajosamente, viver sem grandes medos. Que fique claro que uma pessoa que não sentisse medo não viveria mais que algumas poucas horas, medo é preservativo da vida. A encrenca é o medo limitador de talentos. Sei que posso, quero mas não ajo, fico a temer um possível fracasso. Nesse caso, tinha razão o cangaceiro Virgulino Lampião: "Quem tem medo se enterra vivo".

Ter coragem e viver a vida intensamente, sem que isso configure insanidades irresponsáveis, é sonho de todos. Sonho realizável, desde que avaliemos os nossos medos e comecemos a dar os primeiros passos no rumo da libertação. Vou dar um exemplinho de nada. Dizem que o medo de falar em público é o medo número um. Bobagem, claro que não é, o medo número um é o medo da morte. Mas vamos lá. Falar em público.

Você tem vacilações? Então vamos ao remédio. Tenha um assunto, conheça-o bem, acredite nele, e vá em frente. A exercitação da coragem vai conduzi-lo ao sucesso, vai fazê-lo achar o seu jeito, o seu modo. E o medo vai ficando cada vez menor, até que você se descubra e descubra que falar em público não é o medo número um, é o prazer número um. E lhe diz isso quem tem 47 anos de exercitação continuada... E ainda com medo.


24 de abril de 2008 N° 8048AlertaVoltar para a edição de hojeLuiz Carlos Prates

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Oratória - DISCURSO - FALAR POUCO

Hesíodo Grécia Antiga[Século 7 AC]Poeta

Uma língua avara de discursos é um tesouro entre os homens. O mais precioso é a medida das palavras que os compõem. Se fores maldizente em breve dirão mal de ti

Fonte: "Os Trabalhos e os Dias" Tema:
Silêncio

segunda-feira, 7 de abril de 2008

SOCIABILIDADE - Inteligência Emocional

A cultura do consumismo vende a vergonha

Airton Soares


Esta eu li no Diário Catarinense, na coluna do jornalista e psicólogo Luiz Carlos Prates: “Perguntada na televisão sobre o que a faria muito feliz, uma garota de uns 9 anos disse que seria passar um mês de férias no shopping. Coitadinha, deve ser órfã... De pais vivos.”

A propósito, a escritora Vicki Robin, em entrevista na Época (março/2006), autora do livro Seu Dinheiro ou Sua Vida diz que a cultura do consumismo vende a vergonha. "Se a propaganda puder envergonhar alguém, terá um consumidor em potencial." As pessoas se envergonham de não ter algo.

Como isso acontece? As propagandas passam a ídeia de que você é infeliz, gorda e feia. Agora, se você compra o meu produto, corre um `perigo´ enorme de ser feliz. Ah, sim: dia 12 vem aí. Não vá passar vergonha. Compre hoje mesmo o presente... E assim, entramos na onda e ficamos infelizes para sempre sem que percebamos.

Os cinco componentes da inteligência emocional em ação

Autoconhecimento

definição
Capacidade de reconhecer e compreender estados de espíritos, emoções, impulsos, bem como o efeito desses aspectos sobre outras pessoas.

característica
Autoconfiança;
Auto-avaliação;
Capacidade de rir de si mesmo.

Autocontrole

definição
Capacidade de controlar ou redirecionar impulsos e estados de espírito perturbadores;
Propensão a não julgar e a pensar antes de agir.

característica

Confiança e integridade;
Bem-estar na ambiquidade;
Abertura a mudanças.

Automotivação

definição
Paixão pelo trabalho por motivos que não dinheiro ou status;
Propensão a perseguir objetivos com energia e persistência.

característica

Forte impulso para alcançar o objetivo;
Otimismo, mesmo diante do fracasso (resiliência);
Comprometimento com a empresa. (poesia tarefa).

Empatia

definição
Capacidade de compreender a constituição emocional dos outros;
Habilidade para tratar as pessoas de acordo com suas reações emocionais.

característica

Habilidade para formar e reter talentos;
Sensibilidade intercultural;
Atendimentos a clientes.

Sociabilidade

definição

Competência para administrar relacionamentos e criar redes;
Capacidade de encontrar pontos em comum e cultivar afinidades.

característica

Eficácia para liderar a mudança;
Persuasão;
Experiência em construir equipes e liderá-las.

SOCIABILIDADE - Inteligência Emocional

Nós e os outros

O primeiro impulso de toda pessoa é ver o diferente como estranho – e ter a sensação imediata de que o outro está errado. “Somos muito espelhados. Aquilo que não é reflexo nos parece exótico”, (1) AS: Explicar em sala de aula (ou auditório) a etimologia de "Respeito".


Cada um tem a si mesmo como referência e costuma achar que possui a exclusividade do bom senso: quem pensa diferente deve ser combatido – antes de ser ouvido.

Existem três passos básicos para uma convivência saudável com as diferenças.

O primeiro é assumir uma atitude de humildade pedagógica.

O diferente é apenas diferente, não errado.

Em segundo, é preciso ter visão de alteridade. Para entender, é melhor pensar em espanhol do que em português. A palavra ‘nós’ se refere a um grupo exclusivo, enquanto o ‘nosotros’ é inclusivo, pois abrange ‘nós’ e ‘eles’ ao mesmo tempo. “Quem são os outros para nós? O mesmo que nós para eles, isto é, os outros” (1.1) , Ao discriminar, se dá o direito ao diferente de também discriminar. É preconceito de parte a parte.

Foi exatamente o que descobriu Nicole Kidman no filme Os Outros. Ela e os filhos achavam que havia fantasmas na casa em que moravam, mas, para os fantasmas, as aparições medonhas eram Nicole e as crianças.

O terceiro passo é a permeabilidade intereducativa: simultaneamente, cada pessoa ensina e aprende com o outro. Aceitar as diferenças, entretanto, não significa admitir as desigualdades. Homens e mulheres, por exemplo, são diferentes, mas não desiguais.

Ao tentar colocar em prática esses três conceitos, uma pessoa sai do território da intolerância e até mesmo da tolerância e segue na direção do acolhimento. “Tolerar é agüentar o outro.


No máximo, autorizar que ele exista. Acolher é aceitar o outro como ele é porque tem o direito de ser assim”, conclui o filósofo.

No dia-a-dia, é muito mais fácil simplesmente excluir o grupo de pessoas diferentes, mas são as diferenças que nos dão a oportunidade de autoconhecimento e de crescimento. Não existe equipe com pessoas iguais. Por isso, um grupo só funciona bem quando aprende a lidar com as diferenças.

(1) Filósofo Mário Sérgio Cortella, professor da Pós-Graduação em Educação da PUC-SP.
(2) Parte da matéria HOLLYWOO DCORPORATIVA
(3)
http://amanha.terra.com.br/edicoes/225/capa02.asp



EMPATIA - Inteligência Emocional

Mas, Afinal, O Que É, Exatamente, Empatia?

Por Eugenio C. Mussak

(...) Mas, afinal, o que é, exatamente, empatia?

É curioso, mas nesta semana um pequeno acontecimento me explicou com a precisão que a teoria não tem, o significado real dessa palavrinha. Aconteceu que eu esqueci meus óculos em algum lugar (o que não é muito incomum, quando usamos um par para ler, outro para trabalhar no computador, mais outro para dirigir e ainda um para dias de muito sol).

Na tentativa de encontrá-los, liguei para os lugares onde tinha estado durante aquela tarde, até que, no consultório de um amigo psicanalista, onde tinha parado para trocar umas idéias, a secretária disse-me:

- Tem um par de óculos aqui, sim, mas eu não sei se é seu ou é do doutor, pois ele usa um parecido com o seu. Só tem um jeito: precisamos esperar que ele chegue. Aí, ele testa os óculos e verifica se são deles ou não.

- O.k. – respondi resignado.

- Só tem um problema – ela resolveu brincar comigo – quando o doutor coloca os óculos de outra pessoa, ele passa a ver o mundo do jeito que essa pessoa vê, aí ele descobre tudo sobre ela.

Eureka! Foi apenas uma brincadeira bem humorada, jogando com o fato dele ser um psicanalista, mas foi também uma ação pedagógica espetacular para explicar a tal palavrinha: empatia!

Os livros nos informam que empatia é uma condição psicológica que permite a uma pessoa sentir o que sentiria caso estivesse na situação e circunstância experimentada por outra pessoa. E é isso mesmo. Ver o mundo com os olhos de nosso interlocutor. Inclusive ver a nós mesmos.

Não há, com toda segurança, duas pessoas com a mesma impressão digital, com as mesmas características da íris ou mesmo com o mesmo registro de eletrocardiograma. Da mesma forma, não há duas pessoas que vejam o mundo, com a imensidão de detalhes que fazem parte dele, exatamente da mesma maneira.

Como será que meu cliente, que está neste exato momento em minha frente, depositando em nosso encontro a esperança para a solução de um problema dele, está vendo esse problema? Como ele está vendo o mundo com esse problema? E, principalmente, como ele está me vendo, já que, segundo ele - se não ele não estaria aqui - eu tenho o poder de resolver seu problema? Só vou descobrir tudo isso valendo-me da empatia.

Há duas práticas que criam empatia. A da pessoa que se coloca no lugar da outra e a da pessoa que estimula a outra a se colocar em seu lugar. No primeiro caso predomina a capacidade de entender e no segundo a capacidade de se fazer entender. As duas são igualmente importantes.

Ser empático não é ser simpático. A simpatia pressupõe solidariedade, a empatia pressupõe compreensão. A simpatia cria um envolvimento emocional, que pode prejudicar o julgamento. A empatia estabelece comunicação eficiente. Quando não se cria empatia em uma relação, não há verdadeiramente um diálogo, e sim dois monólogos ocorrendo simultaneamente.

E você, leitor, o que é? Empático ou apenas simpático?

AUTOMOTIVAÇÃO - Inteligência Emocional

Felicidade – A bola da vez
A BOLA DA VEZ

Por Airton Soares

Se você perdeu dinheiro, não perdeu nada.
Se você perdeu a saúde, perdeu alguma coisa.
Mas se você perdeu o caráter perdeu tudo
Shakespeare


Você é feliz se você é bom de bola
Tudo que bola dá certo?

Mais acerto mais auto-estima
Mais auto-estima, mais motivação.

Você é feliz se você é bom de bala.
Nunca está em ponto de bala?

Tudo o abala?

Quem tem as rédeas de suas emoções
Jamais perde as estribeiras.

Você é feliz se você é bom de cara.
Como vai de cara-metade?

Mais carinho ou mais carão?

E de caraokê?
Canta, sorrir sincero para você?

Tudo isso, tem de ser encarado.

Sem carapuça!

Mas você é feliz mesmo, se você é bom de caráter,
Mesmo que lhe custe os olhos da cara.

Tê-lo faz parte da caravana da vida.
Pensa nisso cara okê?
Caramba! Pra isso nunca tinha dado bola.

AUTOMOTIVAÇÃO - Inteligência Emocional

A Arte Da Felicidade

Todos os homens buscam a felicidade. E não há exceção. Independentemente dos diversos meios que empregam, o fim é o mesmo. O que leva os homens a lançar-se à guerra e outros a evita-la é o mesmo desejo, embora revestido de visões diferentes. O desejo só dá o último passo com este fim. É isso que motiva as ações de todos os homens, mesmo dos que tiram a própria vida.
Pascal, Blaise (1623-1662).

Filósofo, físico, matemático e escritor francês. Sua doutrina filosófica procura contrapor razão e emoção como os dois elementos básicos do conhecimento humano.

Há 54 anos atrás, Willian D. Ogden escreveu uma coluna para o New York Times, a respeito da arte da felicidade. O texto foi publicado na edição de 30 de dezembro de 1945. Aqui estão algumas passagens que mostram que isso podia ter sido escrito ontem:

“Hoje existe uma condição curiosa no mundo, Jamais houve uma época em que tanto esforço oficial fosse feito para produzir felicidade, e também uma época em que o indivíduo prestasse tão pouca atenção para criar as qualidades pessoais que contribuem com ela...”

“O que está sendo mais desprezado nos dias atuais é a determinação pessoal de desenvolver um CARÁTER (...) Toda nossa ênfase recai sobre a reforma das condições de vida, de melhores salários, ou controles sobre a estrutura econômica, casa própria para mais gente – sempre com o enfoque no governo - e muito pouco para que as próprias pessoas possam se aperfeiçoar como seres humanos”.

“Os ingredientes da felicidade são tão simples que podem ser contados nos dedos da mão”.

A felicidade:

Deve ser compartilhada.
O egoísmo é seu inimigo; fazer feliz a outra pessoa é fazer feliz a si mesmo.


É silenciosa. Raras vezes nos encontramos com ela em grandes aglomerações. Pode-se obtê-la com mais facilidade em momentos de solidão e reflexão. Ela vem de dentro, e descansa com mais segurança na bondade simples e uma clara consciência. A religião pode não ser essencial para consegui-la, mas não se sabe de ninguém que a tenha alcançado sem uma filosofia baseada em princípios éticos.

Não pode ser comprada. Na verdade, o dinheiro, por estranho que pareça, pouco tem a ver com ela. Foi Thomas Kemps quem disse, sabiamente, que “uma competência modesta é o suficiente”.

Um interessante sistema para se obter a felicidade:

:: Viver contente com poucos meios.

:: Buscar a elegância mais do que o luxo, e o refinamento mais do que a moda.

:: Ser merecedor em vez de respeitável, e ter dinheiro em vez de ser rico.

:: Estudar com força, pensar em silêncio, falar com suavidade, atuar com franqueza, escutar as estrelas e os pássaros, criaturas e sábios.

:: Suportar com alegria, fazer tudo com valentia, esperar a ocasião, nunca apressar-se.

Em uma palavra, deixar que o espírito, o instinto e o espontâneo se desenvolvam de forma normal. Esta é minha sinfonia.”

(William Henry Channing, um padre que era o capelão do Senado americano na metade do século passado.)”.

Texto de Raúl Candeloro, revista Técnicas de Venda, fev. /2000.
Adaptado por Airton Soares.


O grande filósofo Aristóteles possuía uma profunda compreensão da natureza humana. Ele viu, como todos nós vemos, que os seres humanos buscam algo diferente. Alguns buscam a riqueza. Outros sonham com a fama. Alguns anseiam pelo amor. Alguns pelo poder. Os cautelosos almejam a segurança, os audaciosos buscam a aventura. Mas Aristóteles teve um insight: por trás de todas as diferenças superficiais no que parece ser objeto de nossa busca, todos nessa vida na verdade buscam a mesma coisa: A FELICIDADE. E o Aristóteles percebeu muitos pensadores subseqüentes confirmaram.


Felicidade como Prazer

Esta visão de felicidade sustenta a quase frenética busca moderna por dinheiro e bens. Cita- se freqüentemente uma frase atribuída a Jane Austen há quase um século: "Uma renda polpuda é a melhor receita de felicidade da qual já ouvi falar." Obviamente, as pessoas parecem bus­car o dinheiro e esperar uma renda polpuda para obter outras coisas, coisas que em sua percepção as farão felizes que pelo menos con­tribuirão para sua felicidade de forma significativa. No que diz respeito às coisas mais gerais que as pessoas notoriamente procuram na busca da feli­cidade - dinheiro, fama, poder e status - a visão hedonista seria: são essas coisas que proporcionam prazer, seja em si ou no que elas possibili­tam, e a essência da felicidade é exatamente o prazer que proporcionam.

É fácil ganhar dinheiro, se é dinheiro que você deseja. No entanto, com poucas exceções, o que as pessoas querem não é dinheiro. Querem o fausto, querem amor e admiração.
-JOHN STEINBECK

Mas seria felicidade sinônimo de prazer?

Aristóteles certa vez caracterizou esta crença como uma visão perfeita para o gado no pasto, mas não para os seres humanos. Em nosso século, Albert Einstein fez eco a Aristóteles; comentando sobre qualquer visão de mundo que coloca no centro a felicidade como sinônimo de prazer, ele escreveu: "Neste sentido, nunca vi o bem-estar e a felicidade como fins em si mesmos - uma base ética que considero mais apropriada a um rebanho de porcos”.Palavras chocantes, mas o propósito as justifica.
Apesar de toda a sua importância na vida humana, o prazer é apenas uma peça de um quebra-cabeças muito maior. Não consigo imaginar uma vida feliz totalmente destituída de alegria, mas prazer não é sinôni­mo de felicidade. O comportamento autodestrutivo ocasional dos ricos e famosos o confirma de forma bastante convincente.

Muitos dos que parecem estar lutando contra a adversidade são felizes; muitos, em meio a grande afluência, são totalmente infelizes.
PUBLIUS CORNELIUS TACITUS

Felicidade não é sinônimo de prazer. E isso é muito bom se buscarmos a felicidade no trabalho, pois o dia de trabalho normalmente não é apenas uma longa onda de prazer que nos invade. Entretanto, deve haver o máximo de prazer possível associado ao nosso trabalho.Quando gostam do que fazem, as pessoas dão o melhor de si.


Fazer o que gosta
Com as pessoas que gosta
E no lugar que gosta
Eis uma probabilidade de se obter sucesso na vida!


Felicidade como Paz Pessoal

Tranqüilidade. Serenidade. Calma. Imagine o espírito de uma pessoa feliz refletido na superfície de um lago em um dia sem vento. Esta é a meta das técnicas de motivação praticadas por pessoas de todos os níveis. Mas...a roda só se movimenta porque atrita com o chão. Mudança é passagem de um estado para outro. É a transição de uma situação para outra diferente.Mudança representa transformação, perturbação, interrupção, fratura ATRITO.

Os antigos filósofos estóicos acreditavam que nada no mundo é tão bom ou ruim quanto parece. Eles perceberam que muitas pessoas ficam com os nervos em frangalhos porque se entusiasmam demais com as coisas ruins. Precisamos de algo como um amortecedor psíquico interno ao atingirmos os buracos e quebra-molas na estrada da vida, uma dose da paz interior que nos permita ser flexíveis e firmes em meio a todas essas coisas inesperadas que a vida nos lança.


Precisamos nos acalmar!

Muitas pessoas no mundo empresarial de hoje parecem se ressentir dos desafios em seu caminho e ansiar pelo equilíbrio, uma tranqüilidade no ambiente de trabalho que, na verdade, os tornaria bastante supérfluos enquanto solucionadores de problemas humanos. Mas nós, humanos, não crescemos em um meio de total tranqüilidade. Precisamos de ação. Precisamos de problemas. Precisamos de uma quantidade saudável de tensão em nossas vidas. A felicidade humana não deve ser vista como o equivalente emocional de um longo cochilo. Para ajudar as pessoas ao nosso redor a serem felizes no trabalho, vez por outra talvez tenhamos de ajuda-las a se acalmarem um pouco, mas a satisfação profissional não exige serenidade total; no local de trabalho. Só existe quietude completa na morte e os negócios são para os vivos.

Felicidade como Participação em Algo Satisfatório

No ensaio De Finibus, o estadista romano e filósofo prático Cícero proclam­ou: "A alma anseia por fazer algo”.Não é o ter, e sim o fazer, que está mais intimamente relacionado com a experiência mais plena do ser. Damos o melhor de nós quando nos envolvemos em uma tarefa que valha a pena.

Acordo de manhã dividido entre o desejo de melhorar (ou salvar) o mundo e o desejo de desfrutá-lo (ou saboreá-lo). Isso dificulta o planejamento do meu dia.
-E. B. WHITE.

Ganhar dinheiro, apenas, sempre me aborreceu. Eu queria fazer coisas, queria construir coisas. Levar as coisas adiante... Não sou como algumas pessoas que adoram o dinheiro como algo que se acumula em uma grande pilha, em algum lugar... Vejo o dinheiro de uma única forma: fazer alguma coisa com ele... Acredito que não existe uma única coisa que eu tenha da qual eu possa vir a me beneficiar se não fizer algo com ela. (Disney)

Acredito que Disney era aristotélico com relação à felicidade. Nunca foi uma questão de simplesmente acumular dinheiro ou coisas a serem desfrutadas. Sempre foi uma questão de alegria de fazer, de criar, de participar da construção de coisas novas para enriquecer o mundo.

Só me sinto bem quando estou com um pincel na mão
MICHELANGELO


Felicidade não é a mesma coisa que prazer e não é a mesma coisa que paz pessoal. Ambos são estados relativamente passivos, por mais ativos que sejamos ao busca-los. A felicidade jamais existe na passividade.

A felicidade é, de fato, um fenômeno dinâmico de participação em algo que proporciona satisfação. Na melhor das hipóteses, vem acompanhada do prazer e de uma boa dose de paz interior.

Na verdade, pode-se argumentar que uma forma mais sublime de paz é a que acompanha o envolvimento satisfatório em um trabalho que vale a pena ser realizado. E um dos maiores prazeres na vida é a satisfação ativa proporcionada por um trabalho bem feito. Portanto, a felicidade está conectada tanto à paz quanto o prazer. Mas, no fundo, é encontrada na atividade. Está no trabalho.

No entanto, dessa nova definição de felicidade surge imediatamente uma pergunta óbvia: O QUE EXATAMENTE PROPORCIONA SATISFAÇÃO AOS SERES HUMANOS? Uma coisa é saber que felicidade é participar de algo que gere satisfação, mas não entenderemos o que isso significa, ou exatamente o que é felicidade e quais as suas implicações para a MOTIVAÇÃO ORGANIZACIONAL e nos negócios sem que fique claro o que nos proporciona satisfação.

Consideremos duas respostas.

A primeira é simples: coisas diferentes para pessoas diferentes

Esta resposta é verdadeira, mas é também superficial. Os maiores pensadores identificaram uma unidade fundamental por trás da aparente diversidade das formas de satisfação humana. Minha segunda resposta à leva isso em consideração.Passei a acreditar que uma atividade ou empreendimento, um relacionamento ou envolvimento, uma forma de trabalho ou uma forma de jogo podem contribuir para proporcionar satisfação às pessoas envolvidas apenas se respeitarem e nutrirem quatro dimensões fundamentais da experiência humana.

As Quatro Dimensões da Experiência Humana

Existem quatro dimensões básicas em toda a experiência humana, em todas as culturas do mundo e ao longo de nossa história. Essas dimensões mantiveram sua importância até hoje. São as chaves para a felicidade individual no trabalho e a excelência empresarial constante. Entretanto, só recentemente sua verdadeira importância nas empresas modernas vem sendo compreendida e apreciada. Cada uma delas leva a uma meta, um alvo que, em si, constitui o alicerce para a satisfação humana duradoura. São elas:

1. A Dimensão Intelectual, que almeja a Verdade.
2. A Dimensão Estética, que almeja a Beleza.
3. A Dimensão Moral, que almeja a Bondade.
4. A Dimensão Espiritual que almeja a Unidade

AUTOMOTIVAÇÃO - Inteligência Emocional

O valor da Inteligência Emocional do líder nas organizações

As organizações inteligentes e competitivas estão investindo consideravelmente na formação de líderes, pois sabem que isso realmente vale a pena. Atualmente, as exigências são de que o líder em qualquer nível da organização seja um mentor, treinador, conselheiro, aliado, amigo e sempre com foco nos interesses da empresa e das pessoas que o cercam. São exigidos também competências em comunicação oral e escrita, capacidade de escutar, negociar, administrar conflitos, estabelecer estratégias, táticas e, é claro, influenciar positivamente o comportamento das pessoas com quem trabalha.

Além disso, espera-se que o líder possua qualidades como: honestidade, ética, energia, flexibilidade, comprometimento, empatia, sensibilidade, bom humor, consciência e humildade.

Concluo que a Inteligência Emocional é um fator crucial no sucesso da carreira de um líder. As emoções são fontes de poder pessoal mais poderosas que o poder de posição. Os sentimentos proporcionam informações vitais e podemos crescer com eles todos os dias. O que procuramos nos negócios e na vida não está lá fora, nas últimas tendências da tecnologia; está aqui, dentro de nós mesmos.

O líder inteligente emocionalmente tem consciência de seus hábitos e das pressões que sofre no cotidiano. Pressões, incertezas e mudanças o atingem por todos os lados e aí as capacidades desenvolvidas contam para a carreira porque o investimento maior é em si mesmo.

Há duas maneiras completamente diferentes de ter poder nesse mundo: os jogos de poder e a educação do poder.

Em um dos extremos está o líder sem sentimentos e, portanto, sem limites para suas necessidades, ou seja, egocentrado. A empatia não exerce muita força sobre esse tipo de líder, que precisa ser frio diante das expectativas de suas vítimas e que fará tudo para manter seu domínio.

Contudo, para se transformar num guerreiro emocional, torna-se necessária a educação do poder. O líder inteligente emocionalmente entende o funcionamento do poder como forma de crescimento, sabe quando deve tomá-lo, como compartilhá-lo e, às vezes, como abrir mão dele.

O problema é que, num sistema com base na dominação como o nosso, definiu-se erroneamente o poder como a capacidade de controlar outras pessoas. Infelizmente, grande parte das reflexões em torno do poder adota essa linha de pensamento.

Os líderes guerreiros emocionais são diferentes – são apaixonados, centrados e espiritualmente conscientes, se interessam pelo destino do próximo e se preocupam em não extrair o poder dos outros. Além disso, são capazes de reunir energia e aptidões suficientes para enfrentar os problemas com equilíbrio e sensatez. O líder emocional inteligente utiliza dez fontes do poder pessoal: equilíbrio, paixão, controle, amor, individualidade firme, lealdade inabalável, honestidade consciente, comunicação, informação e transcendência.


Marco Antonio Lampoglia http://www.vendamais.com.br/Lideranca/php/verMateria.php?cod=43319

AUTOCONTROLE - Inteligência Emocional

No Laboratório

Por Airton Soares

Hoje no laboratório. Ao dirigi-me à senhorita responsável pela coleta de sangue, trajando jaleco acrilicamente imaculado, mas de cara sisuda e indiferente, fui logo dizendo... jocosamente.

- Senhorita, apenas três palavrinhas. Apenas três. Repita, por favor. Não vai doer.
- "Não vai doer".

Enquanto ela desajeitadamente repetia a frase, uma sombra de sorriso aflorava-lhe da face.

Foi-se a sisudez da moça e o meu medo da furada da agulha. Dupla bênção. Eu, por não ter sentido dor e não ter perdido as estribeiras diante a frieza do atendimento; Ela, por ter reposto parte do seu estoque de simpatia, suficiente para abrandar a ansiedade dos vindouros pacientes. Fiz a minha parte... E deu certo!


AUTOCONTROLE - Inteligência Emocional

Trate Desigual Os Desiguais

Por Airton Soares

- Comigo é assim: trato todo mundo do mesmo jeito.

- E dá certo?

- Se dá certo, eu não sei, mas que estou sendo JUSTO, estou!

Li por aí, já faz um tempão, antes mesmo de me tornar instrutor, que devemos tratar de maneira desigual os desiguais e asseguro-lhe que quase sempre surte efeito positivo.

- Acredito nisso nãaao...

- Vamos fazer o seguinte: reflita sobre o provérbio abaixo e depois a gente conversa.

"Alimenta teu cão e ele guardará tua casa; faze jejuar teu gato e ele te comerá os ratos".

As pessoas são diferentes e devem ser tratadas de modo diferente.

AUTOCONTROLE - Inteligência Emocional

Pegue Leve Com Seu Chefe

Por Airton Soares

GOSTO DESTE PROVÉRBIO TURCO:
“Se ao meio-dia rei diz que é noite, sábio acrescenta: E que belas estrelas!” Isto me faz lembrar um provérbio nosso: “Em terra de sapo de cócoras com eles”. E mais outro: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”.

COM ESTAS LINHAS INTRODUTÓRIAS,
já podemos ir direto ao nosso propósito:Se o seu coordenador é difícil, autoritário, é perder tempo argumentar.

ACEITE. ISTO NÃO IMPLICA CONCORDÂNCIA.
Não desafie seu chefe, principalmente em tempos de crise. Isso não significa se anular diante do superior nem o contrário. Ou seja, subestimá-lo. ‘Se ele fala pau, não repita pedra sem parar’.

APRESENTE SUAS IDÉIAS COMO OPÇÕES,
e não como soluções definitivas, e aprenda a discordar de vez em quando. O erro é exagerar. Tudo que se exagera enfraquece.

MAS... SE AO LONGO DO TEMPO você desconfiar que ele evoluiu e está aberto ao diálogo, imponha saudavelmente seu ponto de vista. Seja sábio.

A PIOR ‘BESTÊRA’
que se pode fazer contra a ignorância e o preconceito é demonstrar tirocínio na arte de argumentar. "Pegue leve" com seu chefe. Mantenha seu emprego e viva melhor.

AUTOCONTROLE - Inteligência Emocional

Careta de Estresse

Por Airton Soares

Muitas vezes as pessoas são tachadas de dinâmicas, mas não passam de agitadas. Entulham a mesa de papéis e ficam "ciscando-os" impacientemente com careta de stress, dando show de contorcionismo facial. Não riem, não choram, não sentem dores.

Parecem feitas de bronze. Só parecem! Estas pessoas adoram ser temidas. Precisam a todo custo chamar a atenção a sua pseudo-autoridade. No fundo escondem suas fraquezas administrativas e psicológicas.

Se você quer saber mesmo quem realmente manda numa empresa, diz Hélio Passos: examine as mesas. Quanto mais cheia a mesa, menos o seu ocupante manda. Quanto mais limpa a mesa maior a autoridade.

AUTOCONHECIMENTO - Inteligência Emocional

Abordagens avançadas de RH

Epiritualidade no trabalho – Bene Catanante. p. 515
Músicas em recursos humanos – Guilhermo Santiago. P.533
A astrologia como ferramenta para RH - Paula Falcão. P.547
A contribuição dos florais no desenvolvimento de pessoas e equipes – Magdalena Boog. P.567
Aromaterapia –Sandra Regina Thomé Spiri. P.595
Feg Shui no trabalho: uma experiência transformadora – Silvana Helena Occhialini. p.613


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Astrologia como ferramenta para RH

Objetivos:

Mostrar o que realmente é e como funcionam os princípios básicos da astrologia.
Esclarecer como a astrologia pode ser utilizada para ajudar na gestão e no desenvolvimento de talentos.
Demonstrar a eficácia da astrologia como ferramenta para formação e gestão de equipes.
Mostrar como a astrologia pode ajudar no alinhamento das visões da organização, do time e da pessoa.

Apresentação:

O que é e como funciona a astrologia

Astrologia é uma linguagem simbólica que correlaciona a posição dos corpos celestes em determinado momento com as características desse momento em determinado local aqui na Terra. Com isso, podemos saber que tipos de energia estão mais atuantes em alguma situação, desde um nascimento até um fato histórico, econômico etc.

Podemos com isso analisar tendências e características desse fato, o que vai nos ajudar a lidar com ele da melhor maneira. Por exemplo: se sabemos de antemão as principais tendências de personalidade de uma criança que acabou de nascer, podemos orientar sua educação para que ela se torne um adulto mais realizado e feliz. Por outro lado, se conhecemos as características de uma empresa e do indivíduo que nela trabalha, podemos dar-lhe a função que ofereça tanto a ele quanto à empresa maior realização e produtividade.

A astrologia estuda os ciclos de vida, as “voltas que a vida dá”. Não é ciência nem arte, porque é mais que as duas. Através dela podemos ter a síntese de determinado tempo e lugar e, se bem interpretada pelo astrólogo, como esse momento e local refletirão na realidade a nossas volta.

A astrologia se divide em vários ramos de estudo, mas em nosso caso o que vamos utilizar é a chamada astrologia empresarial, que também tem várias sub-divisões:

Na administração em geral, podemos utilizar a astrologia para auxiliar no planejamento estratégico ( tanto no estudo de cenários quanto no de plano estratégico tático), em marketing (determinando necessidades de mercado, estratégias e datas de lançamento de produtos), na análise de sociedades e parcerias, no estudo de viabilidade para abertura de negócios e na organização funcional da empresa. Em finanças, no planejamento econômico-financeiro e na viabilidade de investimentos e aplicações.

Em praticamente todas as áreas de recursos humanos, pois se o maior capital das organizações são pessoas, a astrologia é um recurso prático e eficiente para conhecer, analisar e desenvolver talentos humanos.


Fonte: Manual de Gestão de Pessoas e Equipes. Vol. I ABRH – Nacional Ed. Gente. Paula Falcão é astróloga, conferencista internacional e co-autora do livro Brasil, corpo e alma – reconhecendo o Brasil pela astrologia.

AUTOCONHECIMENTO - Inteligência Emocional

O riso é uma ejaculação repentina de alegria

O riso é uma ejaculação repentina de alegria. E ele acontece quando o inesperado aparece à nossa frente e nos passa uma rasteira. É o inesperado gracioso que faz o corpo explodir no riso.

O riso revela um dos segredos da alma: a alma não gosta de marchar. Na marcha tudo é igual, previsível, feito em parada militar. A alma é bailarina que gosta mais é de dançar. Por isso que, no seu estado original, a alma é uma criança brincalhona. É uma feiticeira que se deleita nas mais insólitas e proibidas transformações. É poeta que escreve, e o mundo nunca é mais o mesmo. É palhaço que se ri de que o mundo seja assim tão parecido com um circo...

Rubem Alves no livro O Retorno e Terno In Bosta de vaca e política. São Paulo. Papirus, 1997. p. 168

AUTOCONHECIMENTO - Inteligência Emocional

Admirável Mundo Deprimido

Nunca se ouviu falar tanto em depressão como na atualidade. Poderíamos até dizer que o mal do século é a depressão - novo nome dado ao sofrimento psíquico. Nunca se teve tanta liberdade, tantos avanços na área científica e tecnológica. No entanto, nunca se ouviu falar tanto de pessoas deprimidas.

No mundo globalizado não há espaço para as queixas, há que se seguir sempre em frente, sem tropeços. Não se deve pensar na morte, na velhice, nos infortúnios da vida. A ordem da contemporaneidade é fazer tudo, ao mesmo tempo, agora. Mas, as coisas nem sempre são como se quer. No meio do caminho, como poetizou Drummond, há sempre uma pedra. E é essa pedra que faz obstáculo ao bom andamento das coisas.

Assistimos hoje, como nunca, a uma busca desenfreada por soluções mágicas, rápidas e indolores. Dos psicofármacos aos curandeiros, bruxos e videntes, vemos emergir toda uma sorte de práticas, trazendo novos deuses e novas religiões. A cura está em toda parte: no Prozac, no destino, na fé, na sorte.

As livrarias estão cheias de manuais para se obter a felicidade. São manuais que dizem como educar os filhos, como trapacear na empresa, como lucrar sempre mais, como viver um grande amor, como lidar com pessoas difíceis. O mais estarrecedor é que esses livros não saem das listas dos mais vendidos. Há quem leve isso a sério, esperando que, um dia, “o universo conspire a seu favor”.

A farmacologia é a campeã em efeitos urgentes. Promete curar o homem até de sua própria humanidade. Para todos, em todas as situações, receita-se o mesmo. Nem sequer a dor da perda de um ente querido as pessoas querer mais sentir. Toma-se o remédio e não se fala mais disso. Vemos pessoas dopadas, passando pela vida como que anestesiadas, robóticas, pálidas, alheias a tudo.

O bom médico é aquele que pode ofertar para cada queixa um remédio. Foi-se o tempo em que o médico ouvia o paciente, como fazia o antigo “médico de família”, que sabia todos os segredos de alcova. Os médicos, em seus consultórios lotados, não têm mais tempo para se ocupar do singular de cada sujeito.

Esse é o admirável mundo depressivo, onde não há espaço para o sofrer, onde só se deve gozar, desenfreadamente,
irresponsavelmente, a todo custo. Há, em Aldous Huxley, em seu Admirável mundo novo, uma passagem com a qual concluo: “ Reivindico o direito de ser infeliz. Sem falar no direito de se tornar velho, feio e impotente; de ter sífilis e câncer; de não ter o que comer; o direito de ter piolhos e de viver em constante apreensão sobre o dia de amanhã; o direito de contrair tifo, de ser torturado por dores indizíveis de toda a espécie”.



Myrna Maracajá - Psicóloga, especialista em clínica psicanalítica.
Jornal da Paraíba, 14/ 09/ 06

AUTOCONHECIMENTO - Inteligência Emocional

AUTOCONHECIMENTO

Os homens aceitam ou rejeitam filosofias, segundo suas necessidades e seus temperamentos, não segundo a “verdade objetiva”; eles não perguntam: “Isso é lógico?” Perguntam: “O que a prática dessa filosofia irá significar para nossas vidas e nossos interesses?”

Argumentos a favor e contra podem servir para iluminar, mas nunca para provar.

Lógica e sermões jamais convencem;
A umidade da noite penetra mais fundo em minha alma (...)
Agora, reexamino filosofias e religiões.
Elas podem mostrar-se boas nas salas de conferências, mas não podem provar coisa alguma sob as imensas nuvens e ao da paisagem e das graciosas correntes. Whitman, Leaves of Grass.

Sabemos que argumentos são ditados pelas nossas necessidades, e que as nossas necessidades não podem ser ditadas por argumentos.

História da filosofia, Durant

AUTOCONHECIMENTO - Inteligência Emocional

Compreendendo O Universo

O ENTENDIMENTO dos símbolos e dos rituais (simbólicos) exige do intérprete que possua cinco qualidades ou condições, sem as quais os símbolos serão para ele mortos, e ele um morto para eles.

A primeira é a simpatia; não direi a primeira em tempo, mas a primeira conforme vou citando, e cito por graus de simplicidade. Tem o intérprete que sentir simpatia pelo símbolo que se propõe interpretar. A atitude cauta, a irônica, a deslocada – todas elas privam o intérprete da primeira condição para poder interpretar.
Descritores: interesse – envolver – desenvolver - objetivos - metas

A segunda é a intuição. A simpatia pode auxiliá-la, se ela já existe, porém não criá-la. Por intuição se entende aquela espécie de entendimento com que se sente o que está além do símbolo, sem que se veja.
Descritores: Sócrates – Platão - Aristóteles

A terceira é a inteligência. A inteligência analisa, decompõe, reconstrói noutro nível o símbolo; tem, porém, que fazê-lo depois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não direi erudição, como poderia no exame dos símbolos, é o de relacionar no alto o que está de acordo com a relação que está embaixo. Não poderá fazer isto se a simpatia não tiver lembrado essa relação, se a intuição a não tiver estabelecido. Então a inteligência, de discursiva que naturalmente é, se tornará analógica, e o símbolo poderá ser interpretado.
Descritores: escolha – emoção – sentimento – convencer - persuadir

A quarta é a compreensão, estendendo por esta palavra o conhecimento de outras matérias, que permitam que o símbolo seja iluminado por várias luzes, relacionando com outros vários outros símbolos, pois que, no fundo, é tudo o mesmo. Não direi erudição, como poderia ter dito, pois a erudição é uma soma; nem direi cultura, pois a cultura é uma síntese; e a compreensão é uma vida. Assim certos símbolos não podem ser bem entendidos se não houver antes, ou no mesmo tempo, o entendimento de símbolos diferentes.
Descritores: circunspecto – ponto de vista e circunstância – combinações – autoconhecimento. .


A quinta é menos definível.
Direi talvez, falando a uns, que é a graça, falando a outros, que é a mão do Superior Incógnito, falando a terceiros, que o Conhecimento e Conversação do Santo Anjo da Guarda, entendendo cada uma destas coisas que são a mesma da maneira como as entendem aqueles que delas usam, falando ou escrevendo.


Descritores: fé – espiritualidade – Gandhi
Fernando Pessoa IN: Mensagem


INTELIGÊNCIA EMOCIONAL - ÍNDICE

Inteligência emocional em ação

Os 5 domínios


TEXTOS
Domínios da Inteligência Emocional

01 - AUTOCONHECIMENTO

Compreendendo o universo

Autoconhecimento

Admirável Mundo Deprimido

O riso é uma ejaculação repentina de alegria

Abordagens avançadas de RH



02- AUTOCONTROLE

Careta de Estresse


Pegue leve com seu chefe

Trate desigual os desiguais

No laboratório


03 – AUTOMOTIVAÇÃO

O valor da Inteligência Emocional do líder nas organizações

A Arte da Felicidade

Felicidade – A bola da vez


04 – EMPATIA

Mas, afinal, o que, exatamente, é empatia?


05 – SOCIABILIDADE

Acultura do consumismo vende a vergonha


Nós e os outros


quinta-feira, 3 de abril de 2008

VOCÊ É EFICAZ?

Por Airton Soares

No âmbito da psicologia, podemos definir, sucintamente, o termo eficácia como sendo a capacidade de produzir um resultado desejado. Portanto, ser eficaz é ser capaz de enfrentar os desafios da vida. Todo ser humano deseja e necessita essa sensação de competência e ela está intrinsecamente relacionada com um dos aspectos centrais da auto-estima.

DOIS POTENTES PILARES
A auto - estima está alicerçada por dois potentes pilares: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valorização pessoal. O primeiro nos recheia de auto - confiança e o segundo de auto - respeito. Podemos dizer finalmente que quanto maior a nossa capacidade de acertar em nossas relações profissionais e afetivas, maior será nossa capacidade de desenvolver amor por nós mesmos. E quando a gente se ama brota a motivação para viver.
Só um lembrete: muitas vezes "inflacionamos" o sentimento de competência e valor pessoal. Neste caso não tem "nadazaver" com auto - estima mas sim, com egoísmo e auto -suficiência.

RESPONSABILIDADE
Façamos uma pequena viagem ao interior. Quando perdemos um objeto é muito comum procurar uma cartomante e pedir para que ela bote um "responso", ou seja, ela irá nos responder onde se encontra tal objeto.
Daí a expressão "responsório de Santo Antônio". Pede-se a Santo Antônio uma resposta (casarei? Quando? Com quem?) Estas seis primeiras linhas têm o propósito de ilustrar a etimologia da palavra responsabilidade que significa uma resposta hábil aos estímulos do universo.(responso+ hábil+ idade).

A PONTE
Podemos, então, fazer uma "ponte com os dois pilares citados acima: Quanto maior nossa capacidade de resposta maior é a nossa autonomia.
E o que é ter autonomia? A autonomia se expressa, segundo o psicólogo Nathaniel Branden, por meio da capacidade de uma pessoa de sobreviver com independência (sustentando e mantendo sua própria existência por meio de um trabalho produtivo); pensar com independência (vendo o mundo com seus próprios olhos) e julgar com independência (respeitando seus sinais e valores internos). Sem autonomia(responsabilidade pessoal) não existe auto-estima.

PÁRA POR AQUI?
Não. Não pára por aqui. A auto- estima depende da nossa qualidade de vida e qualidade de vida depende da nossa auto - imagem. A auto - imagem, segundo os psicólogos foi maior descoberta do século passado e é definida como o conjunto de todos os nossos sucesso e fracassos "catalogados" ao longo de nossa vida.
A auto -imagem é formada pelo nosso pensar o mundo, a "turminha da esquina", a Igreja, a Família, a Escola, a Empresa e & `Cia Ltda´.
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"Quanto maior a nossa auto-estima, mais inclinados estaremos a tratar os outros com respeito, benevolência e boa vontade, pois não os vemos como ameaça, não os sentimos como "estranhos e amedrontados", uma vez que o auto - respeito é o fundamento do respeito pelos outros, da sociabilidade."

Felicidade - A BOLA DA VEZ

Por Airton Soares

Se você perdeu dinheiro, não perdeu nada.
Se você perdeu a saúde, perdeu alguma coisa.
Mas se você perdeu o caráter perdeu tudo ::: Shakespeare

Você é feliz se você é bom de bola
Tudo que bola dá certo?
Mais acerto mais autoestima
Mais auto-estima, mais motivação.

Você é feliz se você é bom de bala.
Nunca está em ponto de bala?
Tudo lhe abala?
Quem tem as rédeas de suas emoções
Jamais perde as estribeiras.

Você é feliz se você é bom de cara.
Como vai de cara-metade?
Mais carinho ou mais carão?
E de caraokê?
Canta, sorrir sincero para você?

Tudo isso, tem de ser encarado.
Sem carapuça!

Mas você é feliz mesmo, se você é bom de caráter,
Mesmo que lhe custe os olhos da cara.

Tê-lo faz parte da caravana da vida.

Pensa nisso cara okê?

Caramba! Pra isso nunca tinha dado bola.

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Comunicação - AJUSTANDO OS CANAIS

Por Airton Soares

Estava num restaurante chique com um consultor de fora. Pedimos uma cerveja. Antes mesmo de o garçom abrir a garrafa, obsevei que estava "geladaça". Tão gelada que tive a impressão de que os pingüins do rótulo da garrafa estavam grudadinhos um no outro. E olhe que pingüim não é de sentir frio.

Soerguendo o copo, não me contive e gritei! "ABARROTE"! O amigo consultor e os circunstantes arregalam os olhos!? senti o drama e imediatamente acrescentei: LOCUPLETE!...

Desta feita quem arregalou os olhos foi o garçom. Mas, para acalmar a situação, suspirei e disse: ENCHA COMPLETAMENTE!

Só existe comunicação quando entramos na freqüência lingüística do grupo. Tem de que ser na medida certa. Nem mais, nem menos!

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CARETA DE ESTRESSE

Por Airton Soares

Muitas vezes as pessoas são tachadas de dinâmicas, mas não passam de agitadas. Entulham a mesa de papéis e ficam "ciscando-os" impacientemente com careta de stress, dando show de contorcionismo facial. Não riem, não choram, não sentem dores.

Parecem feitas de bronze. Só parecem! Estas pessoas adoram ser temidas. Precisam a todo custo chamar a atenção a sua pseudo-autoridade. No fundo escondem suas fraquezas administrativas e psicológicas.

Se você quer saber mesmo quem realmente manda numa empresa, diz Hélio Passos: examine as mesas. Quanto mais cheia a mesa, menos o seu ocupante manda. Quanto mais limpa a mesa maior a autoridade.

Trate desigual os desiguais

Por Airton Soares

- Comigo é assim: trato todo mundo do mesmo jeito.

- E dá certo?

- Se dá certo, eu não sei, mas que estou sendo JUSTO, estou!

Li por aí, já faz um tempão, antes mesmo de me tornar instrutor, que devemos tratar de maneira desigual os desiguais e asseguro-lhe que quase sempre surte efeito positivo.

- Acredito nisso nãaao...

- Vamos fazer o seguinte: reflita sobre o provérbio abaixo e depois a gente conversa.

"Alimenta teu cão e ele guardará tua casa; faze jejuar teu gato e ele te comerá os ratos".

As pessoas são diferentes e devem ser tratadas de modo diferente.

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ARTIGOS de Airton Soares

ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS

careta de estresse
pegue leve com seu chefe
trate desigual os desiguais


ATENDIMENTO

cliente zangado

equilíbrio emocional (no laboratório)
se quiser ter boa memória...


COMUNICAÇÃO

ajustando os canais


MOTIVAÇÃO

felicidade - a bola da vez

você é eficaz?

ORATÓRIA

oratória - o orador e a formiga