segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

TELETRABALHO

Aumenta o leque de profissionais virtuais

Fonte: Gazeta Mercantil - Regina Neves


O trabalho remoto já está incorporado ao organograma, principalmente de empresas globais. "De que adianta investir uma fortuna para trazer para o centro da cidade corpos pesando 80 quilos, se o que vocês querem são os cérebros deles, que pesam 3,8 quilos?" Autor de frases memoráveis como essa, o guru da administração Peter Drucker (1909/2005), que escreveu mais de 20 livros e tem até hoje uma grande influência nos destinos da administração mundial, através de suas idéias modernas, arrojadas e inovadoras, já pressentia que o home office, o trabalho remoto, iria rapidamente deixar de ser uma excentricidade e se tornar um crescente modus vivendi corporativo. Idéia que começou a vigorar nos anos 1990, a prática foi no princípio exercida por profissionais liberais (arquitetos, por exemplo) e trabalhadores free-lancers, mas hoje já está incorporada ao organograma de muitas empresas, especialmente globais.

Leila Prati, gerente global de marketing em lubrificantes para o varejo da Shell, há três anos deixou o escritório da empresa na Barra, Rio de Janeiro, para, de casa, comandar uma rede mundial. "Não tem sentido eu trabalhar em um escritório clássico, já que minha equipe está espalhada pelo mundo e jamais poderei reuni-la num mesmo espaço físico", diz. "De casa, posso fazer uma reunião com Singapura às 5 horas da manhã, enquanto tomo confortavelmente o café da manhã, depois esperar o ônibus escolar com minhas filhas e em seguida continuar on-line com a empresa. É um ganho de tempo e de qualidade de vida, o que se reflete em produtividade."

Para ela, o trabalho virtual é uma decorrência da globalização e não tem retorno. "A Shell, como outras empresas globais, tem uma política para home office", explica Leila, que tem em casa toda a infra-estrutura de que necessita. "Estou sempre em contato com a matriz por banda larga, MSM e ainda telefone e celular. É claro que às vezes sinto falta do cafezinho, do contato pessoal, mas não ter que enfrentar congestionamentos, ver diminuidos os problemas de segurança e ainda sem aquele sentimento de culpa de mãe que trabalha até tarde compensa."

O Serpro tem hoje 75 funcionários em seu programa de teletrabalho criado em 2005. O programa já representou, segundo pesquisa, um ganho em produtividade de 10,5% e uma economia em logística de 47,1%. Quem coordena o programa é Joselma Oliveira que o desenvolveu a pedido do próprio Serpro quando fazia uma pós-graduação paga pela empresa interessada em saber como se comportaria um programa desse tipo em uma empresa de TI e Comunicação. O que a princípio parece apenas uma simples questão de deslocamento físico, exige na verdade uma série de pressupostos a começar de adaptações na CLT.

"O Brasil ainda não tem uma regulamentação para o teletrabalho. O País precisa primeiro assinar a Convenção 177 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)", conta Joselma. Para o programa do Serpro foram criados 23 instrumentos para adaptar as necessidades da empresa. A adesão é voluntária e não é fácil adquirir o status. São pelo menos três meses de avaliações que incluem um amplo perfil psicosocial a análise de mínimos detalhes. Por exemplo, marido e mulher não devem trabalhar ao mesmo tempo em casa para não desgastar a relação. Também é feita uma análise organométrica do espaço da casa do funcionário, antes da autorização.

"Uma vez por semana todos têm que vir à empresa fazer o social", diz Joselma. "Sempre fui um apaixonado pelo tema e por isso quis participar da experiência e estou gostando muito", conta Flavio Correia de Souza, técnico em informação do Serpro que trabalha com indicadores da regional de Brasília. "Com a tecnologia atual e com a metodologia de trabalho, o teletrabalho se revela mais produtivo. A experiência tem sido importante para o meu desenvolvimento, leio mais pois tenho mais horas disponíveis", comenta Souza, que montou um escritório isolado dentro da própria casa.

No exterior, o home office já abrange um grande número de pessoas. Nos Estados Unidos, o número cresceu bastante, especialmente depois do 11 setembro, alcançando 18% da força de trabalho. No Brasil esse número ainda é baixo, estimado pelo mercado em cerca de 3,5 milhões. "Esse número tende a crescer rapidamente, só faltam vencer, na verdade, barreiras culturais, afinal, qual empresa não quer reduzir drasticamente seus custos", diz Douglas Rivero, country manager da SonicWALL para América do Sul, empresa que cria soluções para que as corporações diminuam os riscos com os colaboradores remotos.

"Há muitos mecanismos para solucionar o problema da segurança que é ainda uma grande preocupação", diz Douglas, ele próprio um trabalhador remoto, que passa 98% do seu tempo, segundo diz, fora da empresa e na companhia do notebook.

Diferencial Recentemente uma pesquisa da SonicWALL com 1.100 executivos dos Estados Unidos e Austrália mostrou que mais da metade dos entrevistados acreditam que a opção do trabalho remoto é um diferencial competitivo e um componente de motivação para os funcionários. Mais de um terço dos pesquisados possuem funcionários que trabalham fora do escritório 20% ou mais do tempo. Os principais motivos para essa opção de trabalho são motivação do funcionário (58%); aumento no preço dos combustíveis (34%), condições climáticas e trânsito (33%); e custo do espaço no escritório (32%).

Metade dos entrevistados disse que suas empresas também possuem políticas para os funcionários remotos. Apesar do crescente apoio a esse modelo de trabalho, os executivos identificaram algumas preocupações no gerenciamento dessa força de trabalho remota. Entre as três principais, mais de 20% dos entrevistados estão preocupação com a produtividade desses funcionários, apesar de que 34% dos executivos acreditarem que os trabalhadores remotos são mais produtivos; 15% acreditam que os funcionários remotos estão perdendo algum aspecto por não estarem fisicamente presentes no escritório e há preocupação especial com as possíveis brechas de segurança.

Enviado por Mario Faccioni da SERTARH

Fale com naturalidde

Por Reinaldo Polito


Nos últimos 30 anos, tenho empunhado uma bandeira que considero uma das mais preciosas para o sucesso da comunicação -a naturalidade.

Parece ironia. Mas, você só conseguirá desenvolver uma comunicação eficiente se aprender a explorar seu próprio potencial, preservar suas características e falar com naturalidade. Isto é, terá de se dedicar e aprender muito para no final conseguir ser você mesmo.

Dá a impressão de ser muito simples. Afinal, basta que você se comporte diante do público sem máscara, sem afetação, sem artificialismo e passará a fazer parte do seleto grupo dos grandes comunicadores.

Entretanto, esse objetivo possível de ser atingido por todas as pessoas, independentemente da sua situação econômica, social ou intelectual, é o que exigirá de você maior esforço, estudo e dedicação.

Por isso, se você me perguntasse o que considero mais importante para que a sua comunicação seja vitoriosa, com toda a convicção e sem nenhum receio de errar eu diria: seja natural.

Aprenda e aplique todas as regras da comunicação, mas jamais perca sua naturalidade. Fale nas reuniões da empresa, nos contatos sociais e de negócios preservando seu estilo e respeitando seu jeito de ser.

A grande meta da comunicação é a credibilidade. Se os ouvintes acreditarem em suas palavras, tudo poderá ser conquistado. Você terá a aprovação do projeto, a assinatura no pedido, o voto em seu nome, a solidariedade à sua causa. Enfim, todos os seus anseios serão atendidos se você tiver credibilidade.

Para que essa qualidade esteja presente em sua comunicação, o primeiro e mais relevante requisito é a naturalidade.

Se você cometer erros técnicos de comunicação, mas conseguir se expressar de maneira natural e espontânea, as pessoas ainda poderão confiar na sua mensagem. Se, entretanto, você aplicar todas as técnicas, mas se apresentar com artificialismo, os ouvintes duvidarão das suas intenções e se mostrarão resistentes ao que disser a eles.

Para saber como deve ser a sua comunicação quando você se apresenta com naturalidade, observe como se comporta quando está falando com as pessoas mais íntimas -amigos e familiares- e procure se apresentar em outros ambientes mantendo essa mesma forma de ser.

Se você conseguir falar diante de uma platéia ou de um grupo em reuniões formais com a mesma liberdade e desenvoltura com que se expressa em situações mais descontraídas, atingirá o mais elevado nível de comunicação que poderia pretender, pois estará transportando essa competência para todas as circunstâncias.

Talvez contando como procedo com meus alunos no Curso de Expressão Verbal você tenha uma idéia melhor de como deverá agir.

Ao receber o aluno, antes de iniciar a aula, converso com ele de maneira amigável até que possa se sentir à vontade e se expressar com espontaneidade.

Durante essa conversa descontraída posso analisar o ritmo da sua fala, a maneira como faz as pausas, como gesticula, olha, ri, o tipo de vocabulário que utiliza, se possui e como explora a presença de espírito, como ouve e participa do diálogo. Enfim, como se comunica a partir do seu verdadeiro estilo.

Após essa observação o aprendizado passa a ser mais simples, pois ele apenas terá que fazer na tribuna, diante do microfone e da câmera, o que já sabe. Quando ele conseguir se apresentar nesta situação mais formal da mesma maneira como estava se comunicando comigo naquela conversa inicial mais solta, estará pronto para falar em qualquer situação com desembaraço, confiança e eficiência.

Quase todos os alunos se mostram surpresos, pois esperavam participar de um processo de aprendizado que impusesse regras prontas de conduta. Entretanto, ficam aliviados ao descobrir que para ser bons comunicadores não precisarão se violentar, interpretando papéis ou vivendo personagens diferentes da sua realidade pessoal.

É evidente que você deverá buscar cada vez mais o seu aprimoramento e se dedicar para assimilar e aplicar todas as boas técnicas da comunicação, mas sem jamais perder sua naturalidade.

Saiba também que ser natural não significa continuar cometendo erros, mas sim aproveitar os aspectos positivos que aprendeu e desenvolveu ao longo da vida.

Falando com naturalidade você se sentirá muito mais confiante, e essa segurança permitirá que explore melhor sua inteligência, bom humor e capacidade de associar idéias e informações, o que tornará suas apresentações muito mais expressivas, desembaraçadas e atraentes.

Aprenda, estude, pratique todas as boas técnicas, mas jamais deixe de ser como é, pois -tenha certeza- o melhor de você será sempre você mesmo.

SUPERDICAS DA SEMANA

Fale diante da platéia como se conversasse em casa com amigos

Aprenda todas as técnicas, mas nunca deixe de ser natural

Prefira errar na técnica e continuar sendo natural

Prefira ser natural a acertar na técnica

Estude e se aplique para acertar na técnica e continuar sendo natural

Fonte: UOL Economia - Clicar.

Quebre as regras

Por Reinaldo Polito

Faça isso. Não aja assim. Essa atitude está errada. Esse comportamento está incorreto. Não pode. Não deve. Não está certo. Não, não, não e não.

O que não falta é gente dizendo o que pode e o que não deve ser feito. São pessoas que cristalizam e impõem regras como se fossem dogmas.

Precisamos ficar atentos a esses conceitos engessados e tomar cuidado com as regras. Temos de desconfiar das cartilhas que os "especialistas" querem nos impor.

Às vezes nos tornamos presas fáceis dessas imposições autocráticas porque nos sentimos protegidos com a posse de algumas regrinhas. Com elas temos a sensação de que não correremos o risco de errar e a certeza de que assim não seremos criticados, o que nos dá mais confiança no momento de falar, especialmente diante de uma platéia.

Até aí tudo bem. Sentir segurança para falar em público é o que mais precisamos e desejamos na comunicação. Concluir, entretanto, que se essas regras não forem seguidas e adotadas sempre estará tudo errado é uma grave distorção.

Parece incrível, mas há pessoas que deixam de fazer curso comigo porque têm a noção equivocada de que se submeterão a um treinamento que lhes obrigará a agir dentro de padrões rígidos e determinados.

Não são poucos aqueles que no final do curso se surpreendem ao constatar que aprenderam a falar bem explorando apenas seu próprio potencial, preservando suas características. É comum confessarem que estavam totalmente enganados com suas idéias preconcebidas.

De vez em quando, um orador interrompe sua apresentação para dizer que seria censurado se o professor Polito estivesse na platéia porque está falando com a mão no bolso ou apoiado na tribuna.
E mesmo quando estou presente não apalpam. Dizem que eu devo estar me revirando na cadeira por causa do seu comportamento.

Até sei por que fazem esse tipo de comentário. Primeiro, porque alguns têm uma idéia embaçada do que seja o ensino da arte de falar bem nos dias de hoje. Depois, porque querem mostrar que não se submetem às regras e que são ótimos comunicadores mesmo sem terem recebido nenhum tipo de orientação.

O que esses oradores, provavelmente, não sabem é que há mais de 30 anos ensino os meus alunos a falar preservando exatamente esse comportamento natural e espontâneo. Se você ler o texto que publiquei aqui mesmo no UOL vai verificar que para mim a melhor de todas as técnicas da comunicação é a naturalidade.

A regra na comunicação verbal deve servir para ajudar, nunca para atrapalhar ou escravizar o orador. Garanto: se você tiver dificuldade para usar uma regra, ou ela não é boa, ou não é apropriada para o seu estilo. Regra boa é essa que você já traz com o que aprendeu ao longo da vida.

Portanto, falar de vez em quando com as mãos nos bolsos, ou com os braços nas costas, ou debruçado sobre a tribuna, desde que por pouco tempo, de maneira natural, sem demonstrar que se comporta assim por inibição, desconforto ou hesitação, não só não constitui erro, como pode ser uma atitude recomendável.

Outro exemplo conhecido é a censura que se faz ao uso do palavrão e da gíria. Falar palavrão ou usar gíria é uma atitude condenável na maioria das situações. Observe que eu disse "na maioria das situações", e não que seja condenável sempre. Você já deve ter visto pessoas transgredindo essa regra e mesmo assim encantando os ouvintes e conquistando sucesso.

Ao contar uma piada diante dos mais próximos, como amigos e familiares, o palavrão e a gíria poderão até fazer parte da boa comunicação. Dependendo da maneira como você se comporta, mesmo diante do público esse palavreado poderá não ser tomado como vulgar. Tudo dependerá do seu estilo, do seu charme e da circunstância que cerca sua apresentação.

Apenas para ajudar a refletir sobre o perigo das regras, vamos analisar o exemplo das apresentações com apoio de projetores. O manual do orador diz: não se deve passar na frente do aparelho de projeção.

É evidente que se você transitar muitas vezes na frente da projeção poderá prejudicar a concentração dos ouvintes. Entretanto, se você agir assim de vez em quando, não apenas não estará cometendo falha, como poderá ajudar a reconquistar a atenção da platéia.

Como o pensamento trabalha numa velocidade quatro vezes mais rápido que a capacidade de pronunciar as palavras, depois de alguns minutos, os ouvintes tendem a se distrair e desviar a atenção do orador. Ao passar na frente do aparelho de projeção, você poderá quebrar o foco de atenção que ficou viciado e recuperar a concentração do público.

Citei apenas alguns exemplos para que você possa pensar sobre a conveniência de seguir ou não determinadas regras que são repetidas à exaustão.

Observe os grandes oradores. Não existe nenhum igual ao outro. Eles não se submetem às mesmas regras. Tornaram-se extraordinários também porque conseguiram encontrar seu próprio estilo e ousaram contrariar algumas dessas imposições.

O responsável pelo sucesso ou fracasso da sua apresentação será sempre você mesmo. Por isso, só acate uma regra se concluir que ela será realmente útil. Se julgar que seguindo um caminho próprio terá melhor resultado, ainda que contrarie qualquer orientação recebida, assuma a responsabilidade e vá em frente.

Se ficar em dúvida sobre a conveniência de quebrar ou não uma regra, não hesite em me escrever. Terei prazer em ajudá-lo.

SUPERDICAS DA SEMANA

Aprenda todas as boas regras da comunicação

Abandone uma regra se julgar que assim terá melhor resultado

Adote apenas as regras que se adaptem ao seu estilo

Desconfie de todas as regras, mesmo daquelas já consagradas

Fonte: UOL Economia: Clicar.

sábado, 8 de dezembro de 2007

A China no cotidiano

Por Daniel Lins

Para se adaptar ao ritmo de vida dos chineses, é importante saber que o dia começa cedo: dorme-se às 21h e acorda-se às 6h. O café da manhã é um "almoço": sopa de arroz e legumes, pão recheado com verduras, frango ou carne, macarrão aos molhos diversos, inúmeros pratinhos cozidos a vapor, chá à vontade, sobremesa, frutas etc.

Mas, os hotéis servem café da manhã à moda ocidental. O almoço é servido de 10 às 11h, pode-se, porém, ficar conversando até às 13h30. A jornada de trabalho vai de 6h30 às 17h30; o jantar é servido às 18 horas, em hotéis ou em família. Em Pequim, é difícil, afora os hotéis, encontrar um restaurante aberto após às 21h.

Pode-se observar, desde às 5 da manhã, chineses que dançam ou praticam, nos jardins ou esplanadas, o Tai Ji Quan, e muitos outros exercícios de arte marcial: é um espetáculo à parte. Começam sempre com ritmos lentos que acordam pouco a pouco os sentidos e permitem manter a boa forma física e mental. Todas as faixas etárias se misturam: é um movimento pleno, sem mestre nem palavra de ordem; é uma individualidade coletiva, como só os chineses conhecem... Em Pequim, idosos levam pássaros para passear nos jardins da cidade; penduram as gaiolas nas árvores, escutando-os cantar, enquanto dialogam com os amigos.

Embora as grandes cidades conheçam um imenso fluxo de carros, cujo uso é cada vez mais democratizado - é possível comprar um carro, tipo Gol, básico, por 8 mil reais -, muitos vão ao trabalho de bicicleta. Apesar dos 7 periféricos de Pequim, o engarrafamento é uma constante. Os táxis, a preços módicos, são também muito usados.

Para quem curte a vida noturna, repetimos: os chineses dormem cedo, sobretudo, no norte do país. Mas, se no norte as ruas são desertas, as cidades do sul são animadas, "modernas", uma juventude "dourada", muita gente bonita, casais de mãos dadas, aqui e ali beijinhos e abraços, é uma outra China, a China que muda a passos acelerados. A cidade de Guilan, de "apenas" 600 mil habitantes, paraíso de beleza e mistério, exuberante natureza cantada por escritores, pintores, poetas e andarilhos, atrai 10 milhões de turistas por ano. Vitrine de luxo e fantasia, grifes famosas, galerias de arte, eventos culturais, vida noturna intensa; reggae, rock, hip-hop, salsa, blues, jazz, bares e cafés por todos os lados, muita paquera, gente bonita, simpática, olhares sedutores que se entrecruzam num constante desfile de moda e libido liberada, Guilan é um paraíso habitado por deusas e anjos de carne e osso.

Infelizmente, porém, mesmo no sul, a língua é uma grande barreira: poucos falam inglês, sequer os raríssimos punks, travestis ou vendedores de haxixe.
A China, que usa atualmente um terço do cimento produzido no mundo, que se prepara para sediar os jogos olímpicos e atesta um crescimento de 10%; a China que atrai mascates do mundo inteiro, o último em data, Nicolas Sarkozy acaba de assinar contratos colossais de 28 bilhões de dólares, é antes de tudo um magnífico país cujas belezas e ousadia criativa desafiam muitos que por aqui passam.

Não existe um chinês, mas chineses. Povoado por um bilhão e trezentos milhões de habitantes, a China não conhece a idéia de univocidade, aqui a cultura se diz sempre no plural. Eis por que a noção de sujeito não faz parte de sua filosofia; o "Eu" é estranho, tanto à Filosofia de Lao Tse (VI a. J-C) quanto àquela de Confúcio (VI a. J-C). A univocidade é sempre multiplicidade, inclusive no pensamento de Confúcio, hoje cultuado, perseguido radicalmente pela «Revolução Cultural» de Mao Tse-tung. O retorno do recalcado emerge com a inauguração do Instituto Confúcio, em Pequim, 9 de abril, por Zhili Chen, conselheira do Estado.

Sombras no gigantismo chinês : os jogos olímpicos são uma vitrine, e a China quer um "meio ambiente jornalístico limpo". Pequim anunciou a criação de um banco de dados sobre 30 mil jornalistas estrangeiros, para os jogos de agosto 2008. Os 8 mil repórteres esportivos autorizados a entrar nos estádios foram fixados pelo Ministério da Imprensa e das Publicações. Interrogado sobre o assunto, o ministro respondeu: "Desconheço este banco de dados".

Duas pichações, em Pequim e Xangai: "Quanto mais leis, mais ladrões". Lao Tse. "Somos todos irmãos diante da natureza, mas estrangeiros pela educação". Confúcio.

Fonte: http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/750965.html

sábado, 10 de novembro de 2007

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

Desenvolvimento de Equipes
Empresas e Humanidades: a parceria do conhecimento
Teletrabalho - home office

Empresas e Humanidades: A Parceria do Conhecimento

Por Paulo Gustavo
Publicado em 04.11.2007 - Edição 474

Matéria da Folha de S.Paulo publicada em 23 de setembro deste ano informa que grandes empresas estão investindo em cursos de capacitação para seus profissionais, só que, dessa vez, em áreas do universo cultural e, mais especificamente, das chamadas Humanidades. São cursos de Teatro, Filosofia, Música, Mitologia Grega..., que, para surpresa de muitos, estão temperando o cardápio das ações de Recursos Humanos.

Subestimadas por uma estreita e pragmática visão de mundo, as Humanidades no Brasil parece que começam a dar a volta por cima, ainda que de forma episódica, pontual e utilitarista. Gestores e profissionais principiam a se dar conta de que o Humano nas empresas não deve se limitar à gestão de pessoas ou a palestras motivacionais. Num país em que os horizontes dos executivos ainda são, em sua maioria, culturalmente curtos — de resto, uma característica socioeducacional do próprio povo —, a notícia pode parecer estranha. Na verdade, tal investimento profissional atrela-se às exigências de uma sociedade globalizada em que o conhecimento é uma poderosa ferramenta de trabalho.


Essa parceria amplia a produtividade, proporciona um melhor trabalho em equipe e desempenho social e humano dos profissionais, que, assim, ganham olhos para a transversalidade, a interdisciplinaridade e um contexto mais amplo, passando a enxergar melhor além das fronteiras de cada um.

O que ainda engatinha no Brasil já de há muito caminha com desenvoltura nos países desenvolvidos, onde não é incomum que os executivos tenham formação em áreas tão distintas quanto Filosofia e Finanças, História e Psicologia. Dispensável dizer o quanto uma formação múltipla frutifica resultados e uma antenada visão de mundo.


Conhecimentos, idéias e metáforas, ao migrarem de um campo para outro, enriquecem o pensamento e melhoram o desempenho, geralmente e cada vez mais, um desempenho multifuncional e, lato sensu, multicultural, que não se esgota, pela própria dinâmica em que prospera, em áreas específicas de atuação.

O universo das Humanidades e das Artes, apesar de visto com um viés dicotômico que o opõe às atividades mais pragmáticas, não é um pólo contraditório a qualquer prática profissional, tampouco às práticas gerenciais e funcionais das diversas áreas. Ao perceberem formas, subjetividades, discursos, mitos, contrastes, polifonias, com a abertura para o novo e a criatividade, as Humanidades têm muito a dizer a quem precisa lidar com um mundo em que a estética e a inovação — como já foi observado — se inserem como constituintes, em que humanos e objetos se confundem em novos e insuspeitados arranjos, em que, para lembrar Edgar Morin, a complexidade é inevitável.


Em seu conhecido profetismo, McLuhan, há mais de quarenta anos, já nos avisara de que as velhas dicotomias haviam chegado ao fim. Para ele, a era eletrônica, precursora da digital, traria a descompartimentação que, hoje, de fato, testemunhamos. Para o teórico canadense, “As grandes empresas não podem viver nos dias de hoje sem um senso altamente desenvolvido das artes. Elas são os sinais de alarme.

Todos os sinais de alarme do novo mundo estão presentes nas artes muito tempo antes que os rapazes do hardware os percebam. E assim as artes servem para fins de sobrevivência, fins de navegação, e, como tais, são indispensáveis mesmo nos níveis mais caseiros e humildes”. Os especialismos, sem uma boa dose de generalismo, não são mais que pontos desarticulados que conspiram impotentemente contra o caráter em rede da sociedade informacional e do conhecimento. Ver a floresta tornou-se, mais do que nunca, tão essencial quanto ver a árvore.

Assim, a, para muitos, “cultura inútil” das Humanidades vai reconquistando (se é que se pode falar aqui de reconquista) um lugar que se impõe, malgrado a visão utilitarista, no desenho de um novo paradigma. Não é por acaso, por exemplo, que vários gurus da gestão têm ido a Platão e a Shakespeare e que importantes executivos do Primeiro Mundo não abrem mão de ler o melhor da literatura universal. Dessa forma, poetas, músicos, historiadores, filósofos e artistas em geral começam a ser “ouvidos”, “corrigindo” a observação de Wittgenstein, nos meados do século 20, segundo a qual não ocorre ao homem contemporâneo que músicos e poetas tenham de fato algo a lhe ensinar, apenas algo para diverti-lo. Bom, parece que empresas inovadoras e de excelência vêm tentando corrigir o comentário do filósofo. A competitividade agradece, as Humanidades também.


Fonte: http://www.desafio21.com.br/

Felicidade- dinheiro - Dalai - padre

Luiz Carlos Prates
11/11/2007

O Dalai e o padre


Esta semana entrevistei um padre. Não lhe digo o nome, não estou autorizado, ainda que o que ele tenha dito em nada configure novidade ou choque. Mas antes de dizer o que ouvi do padre, devo antes dizer o que diz o Dalai Lama sobre felicidade. Ando lendo muito o Dalai, ele não é nada do que muitos pensam, é um sujeito pé-no-chão, não se acha o tal, e até diz coisas bem prosaicas.

Ele não diz nada além do óbvio e do simples; aliás, parece que essa é a lei dos iluminados. Sim, sei, me alongo e não chego ao assunto, e a linha final já está logo ali. Já digo o que é. Diz o Dalai Lama que "o propósito da vida é a felicidade". Não é uma gracinha o Dalai? Se eu dissesse isso na porta da rodoviária me jogariam tomates, mas o diacho é que é assim mesmo, as verdades abissais da condição humana são tão simples quanto um espirro.

Mas se o propósito da vida é a felicidade e a felicidade depende de nós, e essa segunda frase já corre por minha conta, por que somos tão infelizes? Falo pela maioria. O sujeito casa com a Miss Mundo e no outro dia pela manhã boceja... Sai da cama como quem sai de uma reunião na empresa, com cara de nada. Por que é tão difícil ser feliz, se a felicidade depende de nós, insisto?

É aqui que entra a entrevista que fiz com o padre. Perguntei a ele se ele ouvia em confissão pessoas "bem de vida". Ele disse que sim. E por pessoas "bem de vida" quero dizer pessoas com dinheiro.

- Bom, já que o senhor ouve pessoas "bem de vida" em confissão, é comum que essas pessoas se queixem de infelicidades? perguntei.

- Sim, é o que mais ouço, respondeu-me o padre. Despeço-me aqui do Dalai Lama e do padre e fico com você, leitora, leitor. Por que diabos há tantas pessoas infelizes se elas têm, no mais das vezes, mais que o básico para serem felizes? Não sei, mas especulo. É que estamos vivendo, como nunca antes, pelos olhos dos outros.

É preciso que os outros pensem que estamos bem, que somos felizes, que nossa vida é uma tempestade de boas emoções. E como sabemos que mentimos, sofremos. Vemos os outros por fora e nós por dentro. Os outros mentem como mentimos, os outros não sabem de nós e sabem deles. É uma mentira coletiva.

E todos nos damos as mãos para a infelicidade grupal. Uma pessoa boa, fiel, honesta, asseada, trabalhadeira, que goste de cachorrinho vira-latas, mas que não tenha nada no banco é uma pobretona desprezada. Se for uma besta com dinheiro será admirada. Ficou difícil ser feliz na simplicidade. E sem simplicidade a felicidade é simplesmente impossível.


VEM AÍ O ORKUT DOS RICOS

Uma pesquisa da Latin Panel retrata que a vida dos brasileiros mais ricos melhorou ainda mais, neste ano. A renda média das famílias das classes A e B, que recebem acima de dez salários mínimos por mês (R$ 3,8 mil), aumentou 7,3% em 2007 em relação ao ano passado.

É uma oportunidade e tanto para quem tem algo a oferecer aos mais endinheirados. É o caso do site Social Life, criado por empreendedores paranaenses para ser uma rede social privada de relacionamentos voltada exclusivamente para o público “mais exigente e afortunado do país”, como define o anúncio de divulgação da rede.

A proposta do empresário Nilton Alexandre de Souza e mais três investidores é atender a uma demanda crescente por redes sociais organizadas, oferecendo um leque de serviços superior a sites como Orkut, MySpace e FaceBook.

A idéia do Social Life se inspira no site norte-americano Small World que possui 260 mil usuários – 7% deles brasileiros. O espaço é diferente de qualquer rede existente, apregoam os empreendedores.

O Social Life tem monitoramento constante e um restritivo sistema de acesso. Para se associar, até fevereiro de 2008, qualquer pessoa pode se cadastrar no site e convidar amigos. Esse cadastro passará por análise de uma equipe da Social Life, que dirá quem está e quem não está à altura dos requisitos.

Nesse processo de seleção, o Social Life fará até mesmo uma sabatina com o possível usuário. Dados como perfil profissional, social e pessoal serão importantes. Se aceito na comunidade, o mais novo usuário pagará uma mensalidade de R$ 79 para permanecer na rede.

A estimativa é que 550 mil pessoas se cadastrem até fevereiro e aproximadamente 10% sejam aprovadas e mantidas na rede. Somente com mensalidades, o Social Life deve movimentar R$ 4,3 milhões por mês. Depois de fevereiro, apenas quem receber o convite de um amigo poderá ingressar no site. “É um projeto para colunáveis”, define Souza.

O grande chamariz para o “Orkut dos ricos” é proporcionar ferramentas e usos não oferecidos pelas redes existentes como fechamento de negócios, serviços, consultorias, entretenimento, informação e até oportunidades de emprego. “As redes sociais são a revolução da internet”, anima-se Souza. “Criamos um sistema pago com mais utilidades e benefícios do que as oportunidades encontradas no mercado”, conclui. (Tércio Saccol)

Links relacionados:
Social Life
Small World

Fonte: Revista AMANHÃ. Newsletter diária n.º 1078 - 09/11/2007

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

MENTE - ÍNDICE

Felicidade. Luiz Carlos Prates
Vendendo partes do corpo

MEMORIZAÇÃO - ÍNDICE

A rotina: veneno para o cérebro
Técnicas mnemônicas - artigos do "AS"

COMUNICAÇÃO - ÍNDICE

Comunicação humana
Oratória - fale com naturalidade - Polito
Oratória - quebre as regras - seja natural - Polito

COMUNICAÇÃO HUMANA

Por Haroldo Barros

Grande Trígono entre Mercúrio, Júpiter e Saturno

O Grande Trígono entre esses três planetas abre as possibilidades para uma comunicação sábia, precisa e de boa qualidade. Aproveite essa fase para treinar e aprender essa complexa arte que é a comunicação humana.

Muitas coisas diferenciam o ser humano dos outros animais. Victor Hugo diz que o homem é o único animal que ri. Kant diz que o homem é o único ser do universo que sabe que está morrendo, enquanto o restante da criação o ignora completamente. Nietzsche diz que o homem foi o único ser capaz de criar uma divindade à sua imagem e semelhança.

Porém, a mais significativa diferença entre nós e os demais animais é o fato de que só o homem é capaz de se comunicar lingüisticamente.

O homem foi capaz de inventar um código – a palavra – para designar parcelas da realidade, idéias, intenções, sentimentos.

E desde que se estabeleceram os primeiros itens desse código, acabou-se o sossego (se é que já houve algum!) entre os homens.

Sim, pois, apesar de ser uma grande invenção, a palavra é absolutamente pobre para expressar nossos pensamentos e sentimentos. E como até agora não conseguimos ainda inventar outro jeito melhor, temos mesmo que nos valer da linguagem para comunicar-nos.

O problema é que, ao elaborar lingüisticamente os nossos pensamentos, fatal e inexoravelmente cometemos três pecados básicos: omitimos, distorcemos e/ou generalizamos informações. (1)

Essas três categorias (omissão, distorção e generalização), apontadas pelos estudiosos da Lingüística Transformacional, acabam fazendo dos processos comunicativos verdadeiros campos de batalha, onde se digladiam as nossas idéias e intenções, por um lado e a nossa (pouca) habilidade em transformá-las em palavras, por outro.

Resultado: pensamos em algo, mas dizemos outra coisa; e o que é pior, o interlocutor, ao decodificar a mensagem, vai fazê-la passar por seus próprios filtros perceptivos da realidade, já naturalmente impregnados de suas próprias idéias, princípios e critérios de julgamento. Ou seja, entre o que queremos expressar e o que o nosso interlocutor entende há uma larga (às vezes abismal!) distância.

Diante disso tudo, somos instados a buscar a mais importante habilidade comunicativa: a precisão.

O grande trígono entre Mercúrio, Júpiter e Saturno é um lembrete dos céus de que podemos e devemos ser precisos em nossos processos comunicativos, pelo bem de nossa eficácia, de nossa saúde emocional e de nossos relacionamentos.

Mercúrio nos diz que nenhum homem é uma ilha. Saturno nos determina que a maior parte dos problemas de nossa civilização (desde uma discussão entre marido e mulher até um conflito armado entre dois países) provêm de erros de comunicação. Júpiter nos convida a fazer de nossas palavras um canal celestial.

Portanto, fique atento: o trígono (ângulo de 120º) é um aspecto altamente estimulante e positivo e, ao unir Mercúrio, Júpiter e Saturno, possibilita-nos um aprendizado importante sobre a forma e os resultados da comunicação que praticamos. Aproveite a fase para efetivar em você esse aprendizado.

Algumas dicas úteis:

Nós não temos que falar sempre. Às vezes, o silêncio é tão útil ou mesmo tão eloqüente quanto um discurso inteiro.

Toda informação de boa qualidade é válida (espelha a realidade), útil (traduz-se em importância prática) e acionável (pode ser usada). Se a informação que você pretende repassar não tiver esses três atributos, esqueça-a.

A responsabilidade da comunicação é sempre do emissor da mensagem, nunca do receptor.

E lembre-se: sua palavra cria, constrói ou destrói universos. O sábio Júpiter e o aprumado Saturno ajudarão Mercúrio nesse processo, fornecendo o cimento da precisão e da sabedoria, que ligará os tijolos que suas palavras empilharão. Cabe a você fazer a opção entre construir, com suas palavras, muros ou pontes.

Enviado por Edna Paiva Recruth em 22/04/2007
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(1) O "deus" nos acuda da comunicação. "GOD" = Generalizar, Omitir e Distorcer. Ver Apostila: Curso de Leitrua e Produção de Textos. Pressupostos e subentendidos, p. 59-60.

ESPIONAGEM NAS EMPRESAS

Como proteger as informações estratégicas do olhar de funcionários bisbilhoteiros – às vezes, a serviço da concorrência.

Fonte: http://amanha.terra.com.br/edicoes/236/capa02.asp


Marcos Graciani e Simone Fernandes

Por pouco, o novo fenômeno da Fórmula 1, Lewis Hamilton, não perdeu os pontos que acumulou durante a brilhante campanha deste ano. Sua escuderia, a McLaren, foi condenada pelo Conselho Mundial da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) a pagar uma multa de US$ 100 milhões por espionagem à rival Ferrari e perdeu todos os pontos conquistados no Campeonato de Construtores de 2007. Em julho, 780 páginas de informações técnicas da Ferrari foram encontradas na casa de Mike Coughlan, na época o projetista-chefe da McLaren. Elas foram repassadas por Nigel Stepney, ex-mecânico-chefe da escuderia italiana, demitido ainda em junho sob acusação de sabotagem. Os pilotos da McLaren não foram punidos porque não se descobriram indícios de uso de propriedade intelectual da Ferrari nos seus carros. Em depoimento no início de outubro, Stepney disse que também recebia informações de Coughlan. Pelo que havia sido apurado até então, não se sabia se algum dos dois funcionários havia sido subornado para repassar os projetos ou se apenas trocavam informações que deveriam ser confidenciais.

O rumoroso caso envolvendo a McLaren e a Ferrari ganhou uma repercussão singular, mas a espionagem nas empresas é muito mais comum do que parece. Só que a maioria dos casos não chega à polícia, nem às páginas dos jornais. E, quando chega, descobre-se uma característica comum a grande parte dos casos: a participação de funcionários da empresa espionada. Para quem está interessado em bisbilhotar o concorrente é mais vantajoso buscar a ajuda de alguém que já conhece o funcionamento e as rotinas da organização. “Para entrar no sistema de uma empresa, por exemplo, sai muito mais caro contratar um hacker. Mais fácil é comprar as senhas de um funcionário”, ilustra o detetive Edilmar Lima, fundador da Central Única Federal dos Detetives do Brasil, em Brasília, que trabalha com contra-espionagem.

ara Walter Félix Cardoso Júnior, doutor em Aplicações, Planejamento e Estudos Militares pela Escola do Exército e professor da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), a primeira atitude que a empresa deve tomar para se proteger da espionagem é tornar mais crítico o processo de seleção. Checar, por exemplo, se o que a pessoa disse na entrevista é verdadeiro. “Quanto mais rigoroso o processo, maior conhecimento a empresa terá sobre quem está contratando”, diz. No entanto, são raríssimas as empresas ou organizações brasileiras que adotam procedimentos rigorosos na hora de contratar um funcionário. Somente as Forças Armadas, em alguns casos, além da Presidência da República e a área de inteligência do governo. No setor privado, os especialistas citam apenas a Embraer. “Depois de botar alguém pouco conhecido para dentro da empresa, o risco de ter uma surpresa é muito alto”, afirma Cardoso.

Quando providências mais rígidas não foram adotadas no início do processo, é preciso agir logo que surgem os primeiros indícios de vazamento de informações. Nesses casos, algumas empresas recorrem aos serviços de contra-espionagem – geralmente feitos por detetives. Uma das primeiras ações é fazer um check-up dos funcionários. Verificar, por exemplo, onde já trabalharam, se vieram de algum concorrente ou se mantêm relacionamento com pessoas suspeitas. Caso seja necessário investigar melhor algum deles, o procedimento mais comum é a infiltração de um falso funcionário na empresa. Essa fase pode demorar alguns meses, até que o infiltrado consiga se aproximar das pessoas e obter as evidências a respeito do suspeito.

Porém a maior parte dos casos de espionagem não é descoberta porque as empresas não têm idéia de que estão sendo espionadas. Para o detetive Wilson Teixeira, de Belo Horizonte (MG), as companhias não deveriam contratar um serviço de contra-espionagem apenas quando estão desconfiadas. “As empresas não se previnem. Somente se dão conta quando aparecem os prejuízos. E aí, quase sempre, é tarde demais”, ressalta.


O que é preciso proteger

Cada empresa deve analisar profundamente quais são as informações estratégicas que ela precisa proteger e estabelecer nveis de segurança.
Mas alguns tipos de dados deveriam ser protegidos em qualquer empresa:

Pesquisa e desenvolvimento – principalmente nos casos dos laboratórios farmacêuticos, fabricantes de bebidas e alimentos, setores que estão na lista dos mais espionados

Estratégias de marketing

Planilhas de custos

Quem são os clientes e os contratos estabelecidos com eles

Informações pessoais de clientes e dos funcionários. No caso das informações sobre os clientes, os escritórios de advocacia estão entre os mais espionados. É que, além de ouvir confissões das pessoas que cometeram crimes, os advogados também participam de processos sigilosos das empresas, como fusões e aquisições, operações de abertura de capital ou participação em licitações

Vazamento involuntário

Embora existam muitos casos de espionagem planejada por funcionários, os especialistas ressaltam que a maior parte dos vazamentos de informação nas empresas acontece de forma não-desejada. O funcionário não tem a intenção de entregar para um estranho as informações sigilosas, mas acaba falando sem perceber ou cometendo inconfidências ao fazer comentários em público. “Cerca de 85% das informações estratégicas são vazadas involuntariamente. E principalmente por diretores, presidentes e pessoal da área de pesquisa”, garante Antonio Brasiliano, diretor executivo da Brasiliano & Associados Gestão de Riscos Corporativos. Segundo ele, a espionagem de hoje é bem diferente daquela da época da Guerra Fria. “O espião não precisa mais entrar fisicamente na empresa para roubar a chave do cofre. Ele usa outras técnicas”, revela o consultor, que defendeu dissertação de mestrado justamente sobre a fuga involuntária de informações. Ele cita as técnicas de indução e de infiltração. Na indução, o espião conversa com a pessoa até extrair alguma informação dela, o que pode demorar algumas semanas. Ele pode conhecê-la num happy hour ou no avião e tentar manter o contato. Na técnica de infiltração, ele cola em alguém para saber aonde a pessoa vai e o que faz, além de ouvir as conversas dela.


Detetive Lima: é mais fácil e barato comprar senhas de um funcionário do que contratar um hacker

Os especialistas são unânimes em apontar os aviões e os aeroportos como o paraíso dos espiões. “É só ficar na sala vip e observar o que acontece”, indica Brasiliano. Os executivos falam sobre os negócios no celular e respondem e-mails de trabalho em público, sem nenhuma cerimônia. Eles também participam de reuniões e depois falam pelo celular sobre o que foi negociado dentro dos táxis, no elevador. “Colocar chave, crachá, firewall é fácil. Difícil é convencer as pessoas a mudar de comportamento. E o engraçado é que, quanto mais proteção física a empresa instala, mais as pessoas se sentem relaxadas e descuidam das próprias atitudes”, avalia Brasiliano. O diretor de negócios da Plugar Informações Estratégicas, Fábio Rios, conta que foi contratado há alguns anos por uma grande empresa brasileira para um serviço na área de portais corporativos. No avião, Rios se sentou ao lado do diretor jurídico da empresa – que não o conhecia e nem sabia que ele havia sido contratado para aquele trabalho. Sem se importar com sua presença, o diretor começou a ler os e-mails e respondeu até uma mensagem do presidente da companhia. “Não falei nada e não fiquei olhando. Mas e se eu fosse um concorrente?”, questiona.

Na multinacional ADP, que fornece soluções para folhas de pagamento e recursos humanos, o esforço para conscientizar os funcionários é constante. “Todo mundo diz que a pessoa é o elo mais fraco. Nós trabalhamos para que nossos profissionais sejam a melhor proteção. Queremos que sejam firewalls humanos” diz Jarbas Cruz, gerente de segurança da informação da ADP. Para isso, a empresa tem um programa de conscientização permanente. Quando é contratado, o funcionário recebe um treinamento. Depois, há boletins mensais, campanhas a cada seis meses e um seminário anual. “É uma tarefa interminável. É educação de longo prazo”, afirma.


Proteção eletrônica

Uma das principais frentes de preocupação é o acesso a dados eletrônicos. É comum que as empresas não mantenham registros sobre quem mexe nos arquivos ou quando eles foram abertos. Mais que isso, elas permitem que qualquer funcionário tenha acesso até mesmo a arquivos que deveriam ser restritos. O especialista em gestão de risco Sérgio Citeroni, sócio da área de auditoria da Ernst & Young, ressalta que o correto é cada funcionário ter trânsito livre apenas para as informações que lhe dizem respeito – e a empresa deve monitorar quem acessa o que e os motivos que levaram algum funcinário a tentar acessar informações sigilosas. “Por que todo mundo vai ver a folha de pagamentos?”, questiona. Citeroni conta que há casos em que até ex-funcionários conseguem obter informações simplesmente porque não cancelarem seu acesso.

No escritório Koury Lopes Advogados existe um controle rígido sobre cada documento, desde quando é criado. Se ele for confidencial, fica visível apenas para as pessoas que precisam acessá-lo. Se outro funcionário faz uma pesquisa sobre o assunto, não o enxerga. Além disso, tudo que o acontece com o documento fica registrado: quando e por quem é editado, se é enviado por e-mail, copiado ou impresso. A porta USB dos computadores é bloqueada e se algum profissional sai de sua mesa e deixa a máquina conectada à rede. Depois de cinco minutos, ela trava automaticamente. Mas os especialistas advertem: controlar o acesso a dados e documentos é diferente de monitorar a correspondência eletrônica do funcionário. As empresas que querem acompanhar como os empregados usam o e-mail devem avisá-los antes, sob pena de ter problemas na Justiça.

Já na ADP, toda informação sobre os clientes é considerada confidencial, o lixo é destruído e os documentos devem ficar guardados sempre em gavetas. “De que adianta um firewall no computador se os documentos ficam à vista em cima da mesa?”, justifica Cruz. Os cuidados são tantos que nenhum arquivo confidencial é enviado para os clientes por e-mail, mas por um sistema alternativo. E para mandar um fax, antes é enviada uma página de teste e confirmado por telefone se a pessoa que deve receber o documento está no outro lado da linha. Só então, é enviado o fax.

Hoje, adverte Cruz, a maior ameaça à segurança das empresas é o que vem sendo chamado de “ataque de engenharia social”, que pode ser real ou virtual. É quando alguém finge ser quem não é. É o caso dos e-mails que se identificam como provenientes do Serasa, da Receita Federal ou de um banco. “Usar a internet hoje em dia é mais arriscado que entrar desarmado na favela do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro”, exagera Paulo Luz, consultor em segurança pública e privada da Ability BR. Segundo ele, um hacker pode invadir os sistemas de uma empresa e não somente captar as informações, mas, também, destruí-las. Portanto, é fundamental ter um setor de informática competente e sistemas de proteção sempre atualizados.


Jérome Stoll, presidente da Renault do Brasil: segredo absoluto sobre o novo carro

O ataque de engenharia social pode ser feito também pelo telefone, quando uma pessoa se faz passar por outra. Nesses casos, o funcionário que atende ao telefone só deveria dar informações sobre o chefe ou até mesmo transferir a ligação após a pessoa que está na linha ter se identificado devidamente. “Essas coisas todas não têm a ver com tecnologia. A proteção vai muito além dos recursos tecnológicos”, avalia, convicto de que o fundamental é que as pessoas tomem atitudes corretas. De qualquer modo, diz ele, não há como blindar a empresa contra a espionagem. “Não existe um sistema 100% seguro, mas, se as pessoas estiverem treinadas, a proteção será bem maior”, diz.

O “engenheiro social” usa as técnicas de indução. Por exemplo, ele faz um favor para uma pessoa, que depois se sente na obrigação de retribuir. O hacker Kevin Mitnick, autor do livro A Arte de Enganar, conta que tinha facilidade para conseguir informações não tanto pelas suas habilidades computacionais, mas por sua capacidade de convencer os outros de que ele era outra pessoa. Outra história parecida é a do impostor e falsificador de cheques Frank Abagnale Jr., mostrada no filme Prenda-Me Se For Capaz. Hoje, Abagnale tem uma empresa de consultoria contra fraudes financeiras.

Para aumentar os níveis de segurança, algumas empresas acompanham o comportamento dos seus principais executivos. “Ninguém gosta de ser monitorado, mas a empresa não tem outra opção”, defende Paulo Luz, da Ability BR. A companhia precisa saber se as pessoas que cuidam das suas informações estratégicas não se comportam de forma arriscada, o que inclui o uso de drogas, bebidas ou companhias desconhecidas. “Digamos que um executivo vai a uma festa, bebe demais e termina a noite com uma mulher linda. Quem garante que ela não estava lá de propósito, com o objetivo de arrancar informações dele?”, questiona Luz.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Embalagens criativas

Os empresários vão lançar uma coleção de embalagens só com dinossauros. Uma idéia para aumentar as vendas das pizzarias.


Pizza de calabreza, portuguesa, margherita e a tradicional mozzarella. De olho neste mercado, uma empresa de publicidade lançou uma novidade. Mudou totalmente as embalagens usadas para entregar as pizzas.

De acordo com a Abrasel - Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, a capital paulista tem 6 mil pizzarias, que vendem 43 milhões de unidades por mês. É pizza que não acaba mais.

Constantino e Cláudia Kostakis transformaram o papelão em quebra-cabeça. São árvores de Natal, formigas e dinossauros. Agora, os clientes recebem em casa a comida e um brinquedo para distrair os filhos.

“Cria aquela interação entre pais e filhos, que hoje em dia é difícil. Aí você acaba ajudando o teu filho a montar, estimula raciocínio, é muito legal”, garante a empresária Cláudia Kostakis.

A idéia surgiu há três meses. Constantino fez a patente do produto e começou as vendas. Cinco pizzarias de São Paulo usam os novos modelos de embalagem. A empresa já vendeu 20 mil unidades. As caixas com brinquedos custam o mesmo que as comuns: entre R$ 0,70 e R$ 0,90. E garantem um diferencial que convence os donos de pizzarias.

“Quando eu mostro a brincadeira, o interesse cresce muito. As pessoas ficam admiradas com o invento”, afirma o empresário Constantino Kostakis.

Para usar o brinquedo é só destacá-lo da caixa e pressionar as linhas pontilhadas com o dedo. E para montá-lo, é preciso seguir as instruções que estão na lateral. Já existem 23 modelos diferentes. Uma das pizzarias pediu para o empresário colocar descanso de copos na embalagem. As bolachas têm caricaturas dos funcionários da pizzaria.

Segundo Constantino, os brinquedos aumentam a permanência da embalagem na casa do cliente. O que garante a exposição do nome da pizzaria por mais tempo.

“No nosso caso, nas brincadeiras, a caixa pode ficar até dias na mão de uma criança. Já no caso das que não têm essa propaganda, mas sem nenhum divertimento, em 20 minutos está no lixo”, diz Constantino.

A empresária Cláudia já pensa em implantar um calendário de embalagens para o ano inteiro.

“Como você tem o ano inteiro para trabalhar, dá para trabalhar com um produto sazonal. Vamos supor, outubro você trabalha o dinossauro, que é o mês da criança. No mês de maio, Dia das Mães. Em seguida vem junho, Dia dos Namorados. E assim sucessivamente”, explica Claudia.

A empresa investiu R$ 12 mil no novo negócio. E já recuperou o dinheiro. Agora a meta é fornecer 500 mil caixas por mês. Os empresários vão lançar uma coleção de embalagens só com dinossauros. Uma idéia para aumentar as vendas das pizzarias.

“A gente criou agora uma coleção com nove dinossauros, ou seja, são nove pizzas”, conta Claudia.

Outra idéia é vender projetos para grandes empresas, que fariam propaganda nas caixas.

“No caso de uma companhia aérea você pode montar um avião. No caso de uma empresa de bebida, uma cervejaria, você pode colocar descanso de copo. Então você tem infinidades de brincadeiras”, garante o empresário.

Pizzarias dos Estados Unidos, Argentina, Israel e Costa Rica já negociam para comprar o produto.

“O pessoal que está vendo, realmente está dizendo que foi uma ótima idéia e que vai revolucionar o mercado de embalagem de pizza. Não só no Brasil, como no mundo todo. Sendo uma exclusividade, um produto patenteado, isso dá uma garantia muito grande”, acredita Constantino.

A empresa de Carlos Alberto Rosatti faz as caixas com quebra-cabeças. Como o produto é novo, sempre surgem idéias para melhorar o formato.

“Você dá um pique a mais, você dá um pique a menos, um pique a mais que você der na caixa, na hora da pizzaria ela pode cair na pizza e não fica legal”, diz o empresário Carlos Alberto Rosatti.

O empresário Antônio Carlos de Toledo resolveu apostar na idéia. Ele é dono de uma pizzaria num bairro nobre de São Paulo há 26 anos. E viu no produto uma possibilidade de cativar os clientes.

“Você vai agregando, vai melhorando, na busca constante de superar aquela expectativa”, ensina Antônio Carlos de Toledo, dono da pizzaria.

Agora, a caixa do restaurante tem um quebra-cabeça. Os motoboys entregam 2 mil pizzas por mês. Todas vão para as casas dos clientes com o brinquedo.

“Primeiro a criança se surpreende porque é uma novidade. Segundo, é um joguinho, gostoso, relativamente fácil de se montar, não é nada complicado. Então, atingiu o objetivo 100%”, comemora Antônio Carlos.

Anelena Zorowich é cliente da pizzaria há nove anos. O filho dela, Augusto, de 7 anos, adorou a mudança.

“Porque é um quebra-cabeça. Eu gosto de quebra-cabeça. É um jogo bem legal. Gostei muito”, diz o menino Augusto.

Enquanto Augusto monta as peças do quebra-cabeça, Anelena arruma a mesa para o jantar.

“Achei excelente a novidade. As crianças aqui em casa adoraram”, Anelena.

Disponível no site http://pegntv.globo.com/Pegn/0,6993,LIR303594-5027,00.html Acessado em 05 /10/2007

Clique aqui e veja o vídeo sobre Embalagens criativas
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quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Você tem uma profissão ou um emprego?


Quanto mais de mim houver no papel,* mais eu estarei transitando de um emprego para uma profissão.

Emprego é um lugar onde eu trabalho e troco o meu tempo e a minha energia por um salário para viver fora dali.

Profissão é um lugar onde eu tenho prazer no meu trabalho. industrializo o que eu gosto, faço o que gosto, da forma que gosto, e para viver com prazer também fora dali.

Papel rígido é emprego. Papel flexível é profissão. Quem tem profissão tem emprego, tem empregabilidade.

Fonte: Paulo Galdencio, em Men At Work, p. 66.
* Papel profissional
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NÓS E O ESPELHO - Meu artigo mais recente. AQUI.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Pedro de Lara morreu de câncer


Ele nasceu no dia 25 de fevereiro de 1925, na cidade de Bom Conselho, em Pernambuco. Pedro de Lara ficou famoso na TV por carregar flores e pela fama de turrão. Também radialista, ele participou como jurado de atrações musicais em outros programas popularescos.

No começo de sua carreira, ele trabalhou como jurado com Chacrinha, que morreu em 1988 . Lara também fez o personagem Salsi-fufu no programa do Bozo, identificado como um estressado da turma.

Pedro de Lara tinha uma carreira de quase quatro décadas na TV. Também era escritor, astrólogo e cantor. Não foram divulgados ainda o horário e o local do velório. Os familiares estão ainda cuidando dos detalhes do sepultamento.
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Fonte: Folha Imagem

O Líder do Futuro - John Naisbitt


Sinopse

Como se posicionar diante das aceleradas mudanças que a globalização e as inovações tecnológicas vêm impondo ao mundo dos negócios?

Nesse ambiente altamente dinâmico, as empresas precisam entender as mudanças que realmente afetarão suas atividades e ter segurança na tomada de decisões.
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Consagrado especialista na previsão do futuro e autor de Megatendências, John Naisbitt revela neste livro os 11 Modelos Mentais que considera fundamentais para se guiar neste mundo assolado por informações e se antecipar ao que está por vir.

Na parte I, ele detalha esses conceitos e explica o impacto que cada um deles tem sobre os negócios e a vida. Enquanto destaca histórias de grandes pensadores e mentes revolucionárias em diversas áreas, Naisbitt apresenta as seguintes diretrizes:

:: Aprenda a discernir entre as tendências que vieram para ficar e os modismos passageiros.

:: A obrigação de estar certo tolhe a mente: esteja aberto para as opiniões dos outros e amplie seu campo de aprendizado e crescimento.

:: Procure descobrir e analisar os números objetivos de qualquer questão.

:: Não se obtêm grandes resultados resolvendo problemas, mas explorando oportunidades.

:: Só acrescente se puder subtrair: concentre-se no que de fato atende seus interesses.

ü Não se esqueça da ecologia da tecnologia: respeite as necessidades da natureza humana.

Na parte II, ele revela os principais cenários para a primeira metade do século XXI. Suas análises se estendem a cinco áreas: a cultura visual que está se sobrepondo à palavra escrita, a globalização das atividades econômicas, os avanços econômicos e políticos da China, os obstáculos à consolidação da União Européia e o aperfeiçoamento das inovações tecnológicas nas próximas décadas.
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segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Mercado Erótico

Mercado erótico já movimenta R$ 700 milhões

Via : news@AMANHÃ..com.br nº 1035

À medida que o assunto deixa de ser tabu, a indústria do sexo prospera no país. O mercado doméstico chega a movimentar R$ 700 milhões por ano, de acordo com os últimos dados da Associação Brasileira de Empresas do Mercado Erótico (Abeme). Ao todo, são 650 sex shops espalhadas por todo o Brasil.

As mulheres são as principais freqüentadoras dessas lojas, e representam 70% do público. "A maior parte da nossa clientela é mulher, casada, com mais de 30 anos, e tem um poder aquisitivo elevado, pois os produtos são caros", revela Neide Veronese, proprietária da Fetiche Sex Shop, de São José, zona metropolitana de Florianópolis (SC).

A trajetória da loja catarinense é um exemplo da evolução do mercado na última década. Em oito anos, o estabelecimento triplicou de tamanho e registra um crescimento em vendas de 10% ao ano. A Fetiche aposta no atendimento personalizado para conquistar os clientes, realizando vendas na loja e também via website, e-mail e até pelo programa de comunicação instantânea MSN Messenger.

Uma evidência de que a mentalidade do público que consome esses produtos está mudando é o fato de que as compras via internet se resumem a moradores de outros Estados e países – a clientela de Florianópolis prefere visitar a loja e conhecer os produtos pessoalmente. "Quando eu abri a loja, tinha que explicar às pessoas o que era uma sex shop. Havia pouca informação e os clientes compravam muito mais pela internet", lembra Neide.

Em resumo, o público está perdendo a timidez. "Os clientes estão evoluindo. Hoje, eles entram com naturalidade numa sex shop", relata a empresária. Nos dias mais movimentados, o estabelecimento recebe aproximadamente 40 pessoas. Há desde os clientes cativos, que visitam a loja quase semanalmente, até os que estão conhecendo a loja. "É difícil alguém sair sem comprar alguma coisa", assegura Neide. (Luiza Piffero)

Links relacionados:
Abeme
Fetiche

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Sexo na tribuna

Reinaldo Polito

Pode acreditar nesta informação porque ela está respaldada em pesquisa científica: relações sexuais aprimoram a qualidade da comunicação.

Por mais crentes que sejamos, não tem jeito: diante de uma notícia assim, nosso desconfiômetro fica superantenado. Afinal, resolver problemas da arte de falar em público com um remédio tão saboroso parece algum tipo de armação.

Entretanto, para tudo há um preço. E, nesse caso, uma boa surpresa: não é que o pagamento é tão agradável quanto o benefício recebido! A condição para que a estratégia dê resultado é que não pode ser assim um encontro amoroso qualquer. A relação sexual precisa ter um mínimo de qualidade.

Assim como talvez esteja acontecendo com você, eu também fiquei intrigado quando tomei conhecimento dessa informação. Afinal, que tipo de associação pode ser feita entre a tribuna e as relações sexuais? Vamos matar essa charada já, já.

O mundo da oratória é tão fascinante quanto imprevisível e, por esse motivo, não paro de me surpreender. Quando penso que já tomei contato com todas as "mandrakarias" disponíveis para ajudar os oradores a se sair bem diante do microfone, lá vem outra novidade.

O folclore é inesgotável. De repente, surge um Professor Pardal afirmando que o orador vai se sentir mais confortável e confiante para falar em público se usar a criatividade e imaginar que todas as pessoas da platéia estão vestidas apenas de cueca. E a sugestão tem direito a explicação e tudo: ao observar os ouvintes trajados de forma tão ridícula o receio de falar se dissipa.

Por mais estranhas e absurdas que possam parecer essas invencionices, eu não implico com nenhuma técnica de oratória. Como professor, desde cedo adotei a filosofia de que cada um se vira e encontra segurança para falar da maneira que julgar mais conveniente. Se a tática funcionar, está aprovado pelo melhor de todos os controles de qualidade que é a experiência prática. Pelo menos para essa situação é possível dizer que o fim terá justificado os meios.

A história está repleta de grandes oradores que usaram métodos pouco convencionais para melhorar suas chances de se dar bem na tribuna. Lacordaire foi um deles. Considerado o maior nome da oratória do século 19, adotava um recurso peculiar para preparar e ensaiar seus discursos.

Embora seu método fosse extremamente simples, era também muito eficiente: organizava um roteiro com as principais idéias que pretendia desenvolver, ressaltando com expressões e frases a seqüência a ser seguida. Depois ia até o jardim do convento onde residia e praticava falando para as flores, imaginando em cada uma delas a platéia que teria pela frente.

Lacordaire repetia o exercício algumas vezes mantendo o roteiro planejado e mudando as palavras para conquistar certa liberdade na exposição. Concluído o treinamento, estava pronto para encantar o público que superlotava a catedral de Notre Dame.

O que não falta é exemplo de orador utilizando métodos pouco ortodoxos para preparar suas apresentações. Dizem que Frei Francisco do Monte Alverne, considerado um dos maiores pregadores da nossa história, usava técnica semelhante à de Lacordaire, só que no seu caso o treinamento era feito na horta do convento, e a platéia imaginária eram os repolhos.

Os diretores de cinema não se cansam de arrumar artifícios para que os personagens das produções que dirigem sejam bem-sucedidos na tribuna. No filme "Encontro de amor", dirigido por Wayne Wang, que teve como atores principais Jennifer Lopez (Marisa) e Ralph Fiennes (Chris Marshall), há uma sugestão bastante curiosa para combater o medo de falar.

Marisa tem um filho chamado Ty, que fica totalmente desestabilizado diante dos colegas de escola na hora de fazer um discurso. Ao contar o fato a Chris Marshall, orador experiente e candidato ao senado, o menino fica sabendo que o político tão admirado também se sente desconfortável quando precisa falar em público, e que atenua o nervosismo segurando um clipe para descarregar a tensão. O menino segue o conselho e consegue se sair bem.

A literatura também ajuda a enriquecer esse folclore. No livro "Memória das Gueixas", de Arthur Golden, publicado pela Editora Imago, a gueixa conta como agiam para afastar o medo do palco: "No inverno, Abóbora e eu devíamos endurecer nossas mãos mantendo-as em água gelada até gritarmos de dor, e depois tocávamos lá fora, no ar gelado no pátio. Pode parecer terrivelmente cruel, mas assim as coisas eram feitas naquele tempo. Com efeito, endurecer as mãos assim realmente ajudava a tocar melhor. E se a gente já se habituou a tocar com mãos insensíveis e doloridas, o medo do palco se torna um problema muito menor."

Bem, como eu disse, cada um tem seu caminho e se defende como pode. Se você sentir que falar olhando para as flores ou para os repolhos, segurar clipes ou deixar os dedos congelados irá ajudá-lo e dar tranqüilidade para que se apresente com mais desenvoltura nas reuniões da empresa ou diante de um auditório numeroso, vá em frente e receba os aplausos da platéia.

Saiba no entanto que, se você segurar um objeto que não faça parte do contexto da apresentação, correrá o risco de distrair os ouvintes e prejudicar o resultado final. Por exemplo, se você falar em pé segurando uma caneta esferográfica, como ela não participa do contexto da exposição poderá desviar a atenção do público, que deixará de acompanhar seu raciocínio.

Por outro lado, se você segurar a caneta quando estiver sentado, ticando alguns itens numa folha de papel, a presença dela estará justificada porque faz parte do contexto da apresentação.

Depois de todas essas considerações, podemos voltar ao sexo. Nesse caso, mesmo o estudo sendo sério, por enquanto vou virar as costas e não considerar essa técnica. Primeiro porque, por mais respaldadas que sejam as conclusões, eu as considero esquisitas demais. Depois, não tenho a mínima idéia de como orientar meus alunos sobre o tipo de relação sexual mais apropriado para tornar suas apresentações eficientes.

Em todo caso, ainda aqui preciso ser fiel à minha filosofia e continuar pregando que cada um deve lançar mão do recurso com o qual se sinta mais à vontade. Se você julgar que uma relação sexual antes de falar em público vai ajudá-lo a se tornar mais eloqüente, não vacile, vá em frente. Mesmo que você não se saia tão bem diante da platéia, pelo menos será um orador mais feliz.

Se você ainda duvida da seriedade da informação, veja como e de onde ela surgiu. A pesquisa foi feita na Universidade de Paisley, na Escócia. Segundo o estudo realizado com 22 homens e 24 mulheres, todos heterossexuais, durante duas semanas, as pessoas se saem melhor falando diante da platéia se no período que antecedeu à apresentação tiverem relações sexuais.

Ah, e tem mais: relações sexuais com penetração. Por isso que eu disse que era preciso ter um mínimo de qualidade, não poderia ser assim um relacionamento amoroso qualquer. Lembrando ainda que masturbação também está fora do cardápio.

Conclui-se que sexo à la Bill Clinton e Monica Lewinsky não vale. Malabarismos com charutos então nem pensar. Como Clinton sempre se saiu muito bem em seus discursos, podemos concluir que o motivo da sua competência oratória, provavelmente, teve origens menos eróticas. Ou não?

Disponível no site http://noticias.uol.com.br/economia/carreiras/artigos/polito/2007/08/27/ult4385u29.jhtm

domingo, 26 de agosto de 2007

Vem aí: Marlboro para mascar

Que os fabricantes de cigarro precisam rever a estratégia para garantir sua sobrevivência, já era sabido. Afinal, é difícil prever o futuro de uma indústria que viu desaparecer quase metade de sua camada de consumidores entre 1989 e 2006.

O que surpreende, porém, é a ousadia das companhias de tabaco para encontrar soluções. Nos Estados Unidos, a Philip Morris se prepara para ingressar em um segmento pouco conhecido por aqui: o de fumo de mascar, ou "smokeless tobacco".

Por lá, esse mercado já movimenta US$ 3,7 bilhões por ano. Usando o alcance de sua marca mais famosa, a subsidiária norte-americana do Altria Group Inc. batizou o novo produto Marlboro Moist Smokeless Tobacco.

Os testes devem começar em outubro deste ano, em Atlanta, na Geórgia. Os consumidores terão dois sabores e duas variedades como opção – original e wintergreen e Long Cut e Fine Cut, respectivamente. O novo Marlboro virá embalado em sachês que podem ser mascados e depois dispensados como chicletes. As latinhas com os sachês devem ser comercializadas a US$ 3.

A novidade não deve demorar a chegar ao Brasil, um dos países onde as restrições ao segmento aumentam rapidamente. Atualmente, a propaganda do produto é proibida e há diversos projetos regionais para coibir o fumo em restaurantes e lojas. "Com a globalização, a tendência é que as empresas busquem alternativas.

Produtos como esse devem chegar logo aqui", aposta Ivanor Torres, analista da Corretora Geral. Para Torres, as empresas do setor de fumo têm perdido espaço também pela falta de inovação e de lançamentos. "Esse tipo de fumo pode alcançar novos públicos", aposta o analista. Para os entusiastas da novidade, no entanto, segue o alerta. Pesquisadores norte-americanos detectaram que o produto pode causar tumores no pulmão, pâncreas, mucosa nasal e fígado. (Tércio Saccol)

Links relacionados:
Corretora Geral
Marlboro

Fonte: AMANHÃ - Newsletter diária n.º 1026 - 24/08/2007

Motivação - Ferramenta

Blogs e fóruns já são ferramentas de comunicação e motivação

No começo deste ano, João Ghinato saiu de férias. Aproveitou o tempo livre para conhecer o que os programas mais populares da internet podem fazer pela sua empresa. Cadastrou-se no Blogger, no Orkut e em fóruns de discussão. E voltou com idéias para a AG2, agência digital de soluções para grandes corporações, onde atua como diretor de projetos e de TI. “Era uma necessidade operacional e gerencial. Diante do crescimento da empresa, era fundamental ter uma comunicação eficaz que não fosse limitada como o e-mail e na qual os colaboradores pudessem se expor, ouvir, criar conteúdo”, afirma Ghinato.

Ele acabou criando um blog para que os funcionários de cada setor da empresa possam postar informações e comentários. Também foram implementados fóruns de discussão para debater as questões internas mais relevantes que surgem nos blogs. E quando os empregados chegam a um consenso sobre um assunto, publicam uma espécie de Wikipédia corporativa [enciclopédia virtual, que aceita contribuições], reunindo informações úteis para os funcionários.

Com as novas ferramentas, Ghinato assegura que os 160 funcionários da empresa, distribuídos pelas unidades de Pelotas, Porto Alegre, São José dos Campos e São Paulo, estão mais integrados. “Nos blogs, as pessoas se sentem estimuladas a expor o que pensam porque a linguagem é coloquial”, explica o diretor.

Ele lembra que, em abril, um mês depois que as novidades foram implantadas, uma funcionária sugeriu que a empresa adotasse a coleta seletiva do lixo. A idéia chegou facilmente aos superiores por meio de um fórum, evoluiu e hoje a separação do lixo está instituída na companhia. “Os funcionários se sentem respeitados pela transparência da empresa, trocam idéias com os superiores e sentem que sua opinião é levada em consideração. Trata-se de uma ferramenta de motivação no trabalho também”, recomenda Ghinato. Os gerentes também são estimulados a postar e dividir conhecimentos e, também, fomentar a participação de todos os comandados.

Mas atenção: a ferramenta pode virar um tiro no pé, avisa o diretor de TI da AG2.. Para que blogs, wiki e fóruns não virem brincadeira, ele orienta os funcionários a evitar a postagem de conteúdos não relacionados ao trabalho. Agora, a AG2 também está repensando o bloqueio das páginas de Orkut e messenger que vigora na empresa. “Limitamos o acesso porque a rede ficava sobrecarregada, mas a tecnologia evoluiu neste sentido e sinto que temos que trabalhar com a maturidade das pessoas. Um ambiente sem tantas regras é mais agradável”, acredita Ghinato. (Luiza Piffero)

Fonte: AMANHÃ - Newsletter diária n.º 1026 - 24/08/2007

domingo, 19 de agosto de 2007

Aprender a Viver

Considerado um dos mais polêmicos pensadores da atualidade, Luc Ferry escreveu seu último livro, Aprender a Viver (Ed. Objetiva), de forma descomplicada, para pessoas que querem conhecer filosofia.

"Vou lhe contar a história da filosofia. Não toda, certamente, mas, pelo menos, seus cinco maiores momentos. Em cada um desses momentos, lhe darei exemplos de uma ou duas grandes visões de vida, a fim de que você possa, se tiver vontade, começar a ler sozinho as obras mais importantes.
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Logo de saída, uma promessa: vou expor todos os pensamentos com absoluta clareza, sem qualquer jargão, indo direto ao essencial, ao que cada um deles tem de mais profundo e apaixonante. Se você me seguir, saberá então verdadeiramente o que é a filosofia. E também saberá como ela ilumina, de maneira única, a questão de como podemos ou devemos conduzir nossa existência..." LUC FERRY, filósofo francês.
Fonte: Submarino

domingo, 5 de agosto de 2007

Criatividade

Criatividade é treino

"Não há nada mais difícil de realizar nem mais perigoso de sucesso mais incerto do que iniciar uma nova ordem das coisas. Quem faz a mudança encontra inimigos em todos os que lucram com a antiga ordem".

Nicolau Maquiavel, em O Príncipe.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Elogio

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"Atriz de novelas da Globo diz, no jornal, que ficou radiante ao ouvir da Ivete Sangalo que ela é uma das atrizes mais bonitas do Brasil.

A moça devia ter ficado feliz se ouvisse que era das melhores atrizes do Brasil. Beleza passa, talento é eterno.

O bom elogio é o que nos reconhece os valores permanentes e não os efêmeros, que o tempo destrói. E todos temos um desses talentos. É descobri-lo e vivê-lo." Luiz Carlos Prates

terça-feira, 31 de julho de 2007

É a besta!

li por aí.

li por aí

Surpreendido, o marido pergunta à mulher:

- Que fazem aqueles cinco homens, à espera, diante do gradeamento de nossa casa, com malas?

- Meu querido: eu quero fazer uma grande limpeza à casa, antes das férias. Por isso convidei cinco vendedores de aspiradores, de marcas rivais, e vou pedir a cada um fazer a sua demonstração, cada um em quartos diferentes da nossa casa...

domingo, 29 de julho de 2007

Telefonia móvel :: Novas regras em 2008

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Gratuidade das chamadas para serviços de emergência
Pelas novas regras divulgadas nesta sexta-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações, as operadoras de celular terão de manter a gratuidade nas chamadas feitas por usuários para os serviços de emergência. Para os usuários de serviços pré-pagos, essas chamadas poderão ser realizadas mesmo se os créditos estiverem vencidos.

As principais alterações ampliam e consolidam os direitos dos usuários e aumentam os deveres das telefônicas

Matéria completa disponível no site: http://www.opovo.com.br/economia/716248.html
Acessado em 29/07/2007

Uma Frase de Maquiavel



"Os homens quando não são forçados a lutar por necessidade, lutam por ambição"

Maquiavel, Niccolo

sábado, 28 de julho de 2007

Criatividade

Um fazendeiro resolve colher alguns frutos da sua propriedade. Pega num balde vazio e segue para o pomar.

No caminho, ao passar por uma lagoa, ouve vozes femininas que provavelmente invadiram as suas terras. Ao aproximar-se lentamente, observa várias mulheres nuas banhando-se na lagoa.

Quando elas se apercebem da sua presença, nadam até à parte mais profunda da lagoa e gritam: - Nós não vamos sair daqui enquanto o senhor não for embora. O fazendeiro responde: - Não vim aqui para vos espreitar, só vim dar de comer aos jacarés!

Moral da História: É a criatividade que faz a diferença na hora de atingirmos nossos objetivos.

Fonte: Antena paranóica.

Vamos acabar com as notas

Ninguém estuda mais pelo amor ao estudo, mas pelas cenouras que colocamos na sua frente. Ou seja, as "notas" de fim de ano. Educamos pelo método da pressão e punição. Quando adultos, esses jovens continuarão no mesmo padrão. Só trabalharão pelo salário, não pela profissão.

Trecho do artigo ENSINO de Stephen Kanitz. Clique aqui e leia a matéria completa.

13 maneiras eficazes de desmotivar algúem

por Daniel Godri Jr
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Não sou supersticioso, mas geralmente, com exceção do Mário Jorge Lobo Zagallo, o número 13 é visto como um número associado ao azar. Isto é tão verdade que em alguns países não existem o 13º andar nos prédios e nem a poltrona de número 13 nos aviões. Sendo ou não um número do azar, aqui vão 13 dicas que se bem usadas com certeza lhe trarão um azar profissional muito grande: O fracasso como líder e conseqüentemente o seu fracasso profissional.Vamos a elas:
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1. Diga para uma pessoa que ela é um erro, que tudo o que ela faz dá errado. Esta é uma das formas eficazes de incutir em uma pessoa o gene do fracasso. Quando dizemos a uma pessoa que ela é um erro lhe tiramos o seu valor. E quando isto acontece, as pessoas começam a se “vender” por pouco. Por muito pouco largarão o emprego, por muito pouco poderão roubar e desviar dinheiro e enfim, por muito pouco já não se interessarão pelo bem estar da companhia.
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2. Não dê confiança a uma pessoa. Quando não damos confiança a uma pessoa estamos praticamente deixando claro que sabemos que um dia ela irá nos trair. É como se eu dissesse a alguém de maneira indireta “Olha eu estou de olho em você, sei que se der mole você vai me sacanear!” Por incrível que pareça não confiar é a melhor maneira de ser sacaneado. A pessoa pensa “Bem, já que ele espera que eu faça isso, é isto que eu vou fazer!” Claro que confiança nunca foi sinônimo de falta de prudência. É lógico que não vou contratar como financeiro da minha empresa alguém em quem eu não confie, mas existem muitos níveis de confiança para serem praticados.
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3. Trate-a como um número. Quando tratamos as pessoas simplesmente como um número produtivo que pode ser substituído a qualquer momento criamos pessoas individualistas, que não entendem seu papel no processo produtivo. Além disso, a falta de confiança é apontada como sendo uma das principais causa da desmotivação no trabalho.
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4. Não ouça suas opiniões e pode-a toda hora. Além de minar a criatividade, podar as opiniões e não ouvir as pessoas deixam-as desanimadas e imparciais a situação da empresa. Não espere que agindo assim seus funcionários fiquem alguns minutos a mais por dia trabalhando ou que “vistam a camisa da empresa”. Só se sente participante quem opina e vê que ao menos suas sugestões são ouvidas sem interrupções e preconceitos.
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5. Quando uma pessoa errar diga pra ela que você sabia que isto ia acontecer. Ah eu sabia que você não era capaz! Esta é uma maneira poderosa de desmotivar uma pessoa e fazer com que ela desconfie do seu potencial não chegando a se desenvolver. Uma pessoa que ouve muito isto se torna temerosa. Lembro-me de um colega no primeiro grau que todo jogo (todo jogo mesmo!!!) fazia um gol contra. Antes do jogo começar as pessoas já diziam: “Ei, o Fulano fica para o time de vocês!” O nervosismo do rapaz em não fazer gol contra era tão grande que advinhem!? Ele acabava fazendo gol contra.
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6. Não reconheça os acertos das pessoas. Embora eu também acredite que as pessoas devem ser as melhores naquilo que fazem independente de qualquer outro motivo tenho a certeza de que reconhecimento é muito importante. É através deste “reforço positivo” que deixamos claro do que gostamos e incentivamos estas atitudes para que se repitam. Deixamos claro que estamos observando as pessoas e que nos preocupamos com suas atitudes. Também mostramos que não vemos só as deficiências, mas também valorizamos os acertos e idéias criativas.
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7. Quando a pessoa tiver uma idéia brilhante diga que ela é paga para isto mesmo. É melhor dar uma cacetada em alguém do que dizer isto. Certamente você que esta lendo este artigo deve estar pensando. Ai, vou enviar este artigo pro meu chefe. Ou ainda vou imprimir um papel deixar na mesa dele e sair correndo. Claro que as pessoas são pagas para terem um bom desempenho, mas isto não significa que devem ser desvalorizadas e esnobadas por isto. Na verdade, a mesma pessoa que fala coisas deste tipo é a mesma que diz que na sua empresa o funcionário “não deve pensar” somente trabalhar. Só tenho uma coisa a dizer sobre estas pessoas: Faça uma previdência privada bem gorda. E urgente!
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8. Brigue muito por pouca coisa. Existem gerentes e pessoas que são os verdadeiros chatos. Brigam com o funcionário por 2 minutos de atraso que só aconteceu em 6 meses. Querem a cafeteira virada para o norte, querem que a funcionária use batom rosa em vez do vermelho e coisas deste tipo.
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9. Use dois pesos e duas medidas. Uma excelente maneira de desmotivar pessoas é em uma mesma ou similar situação tratar duas pessoas de maneiras distintas. Uma é exaltada a outra é xingada e, no entanto, a situação é parecida. Isto faz com que as pessoas comecem a perceber que as panelinhas se dão bem naquela empresa. Elas tentarão entrar para panela, custe o que custar, ou abandonarão a sua empresa ou, pior ainda, começarão a sabotá-la.
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10. Seja relaxado e faça de conta de que não está nem aí. Pior que o chato é aquele que é alheio a todas as coisas. Não está nem aí com resultados, com nada. Nem com a funcionária ligando pro namorado no Japão, nem paro garoto jogando paciência em horário de trabalho. Isto desmotiva porque os funcionários percebem que se nem o dono entrou no barco porque eles deveriam entrar?
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11. Ache-se superior as pessoas. Alguns se esquecem de que cargos, cartões de crédito, carros, são simplesmente coisas. Esquecem-se que mais importante do que TER é SER uma pessoa excelente. Talvez acreditem que vivam mais por terem cargos gerenciais ou de diretoria. Não é porque temos mais que somos mais. Existem dois tipos de pessoas que desmotivam as pessoas desta maneira: aqueles que pensam que são deus e aqueles que tem “certeza” que são deus.
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12. Seja indiferente com elas. Não responda quando lhe cumprimentarem, não olhe as pessoas nos olhos, finja que não as conhece e nem se dê conta da presença delas.

13. Xingue-as e critique-as na frente dos outros. Chame-as de “burro”, ignorantes, irresponsáveis, incapazes. Pior, faça isto com freqüência e em voz alta na frente dos outros. É uma das maneiras mais eficazes de fazer com que os índices de suicídios aumentem. E então 13 é um numero comum, da sorte ou do azar? Talvez seja um ou outro dependendo da sua decisão.
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Daniel Godri Junior é consultor e palestrante nas áreas de marketing, motivação, liderança e vendas; Autor do livro Mudanças e Oportunidades: 70 dicas para você vencer as montanhas do medo na vida e nos negócios e Venda Mais e MelhorApresentador do programa Desenvolvendo Talentos – TV Canção Nova;Especialista em Atendimento ao Cliente e Excelência em Serviços pelo Instituto Disney - Orlando - Flórida – EUA;Administrador de Empresas pela FAE Business School;MBA em Gestão de Negócios pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

A rotina: veneno para o cérebro

Rotina é um veneno para o cérebro. Assim como o sedentarismo torna o corpo indolente, o excesso de previsibilidade sub utiliza o poder do córtex cerebral de formar novas associações. Tudo o que é inusitado estimula a comunicação entre os neurônios.
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Essa é a base da Neuróbica, criada pelos cientistas Lawrence Katz e Manning Rubin e detalhada no livro Mantenha o Seu Cérebro Vivo (Editora Sextante). Exercícios curiosos ensinados por Dominic O'Brien, oito vezes vencedor do Campeonato Mundial de Memorização, são o destaque da obra Aprenda a Usar a Memória (Publifolha) . A seguir, uma seleção de 18 dicas.
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1. DESPERTAR DIFERENTE - Mude a estação de rádio que o acorda todas as manhãs. Tome banho de olhos fechados. Escove os dentes com a outra mão. Circuitos sensoriais e motores normalmente pouco utilizados serão ativados.
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2. CONCENTRAÇÃO NOS ESTUDOS - Na hora de estudar, não tente aprender tudo ao mesmo tempo. Concentre-se em um tema e faça um resumo das atividades antes de se dedicar a outra matéria. Evite estudar 15 minutos de Química e meia hora de Português, por exemplo. Para as ''decorebas' ', como os elementos da tabela periódica, frases associativas ajudam.
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3. DE VOLTA AO PASSADO - Desperte lembranças do colégio com a ajuda de fotos e cadernos. Use a imaginação e entre na escola, sinta o cheiro da cantina. Com a mente livre, uma lembrança ''puxa'' a outra. Você se surpreenderá recordando fatos que julgava esquecidos.
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4. SEJA SOCIÁVEL - Compre jornal em uma banca diferente, abasteça o carro em outro posto de gasolina, acene para crianças. Quando parecer seguro, puxe conversa com desconhecidos. Vá ao teatro, ao cinema e relembre as cenas e as emoções que elas lhe trouxeram. Discuta o filme ou a peça com os amigos. Procure sair freqüentemente com os colegas apenas para bater-papo. A mente precisa de uma vida cheia de estímulos.
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5. LEITURA EFICIENTE - Quando o texto que você precisa ler na escola ou no trabalho parece desinteressante, algumas estratégias podem ajudar. Faça uma lista de perguntas cujas respostas quer encontrar no texto. Preste muita atenção às frases que resumem a idéia central de cada parágrafo. Descubra a coerência dos argumentos. Por último, tente desenhar um mapa mental com as idéias principais do texto. Isso ajuda a organizar o raciocínio.
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6. QUEBRANDO A ROTINA - Resista a seguir o mesmo caminho todos os dias. Invente rotas alternativas para chegar ao trabalho. Quando possível, entregue a direção do carro a alguém de confiança e siga no banco traseiro. A perspectiva da viagem é totalmente diferente.
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7. MUITA CALMA NESSA HORA - O nervosismo e a ansiedade são os maiores causadores dos famosos ''brancos''. Você pode praticar exercícios de meditação quando os nervos atrapalharem alguma lembrança. Escolha um ambiente calmo e deite-se de costas, largando o corpo. Respire devagar e profundamente pelas narinas. Concentre-se e imagine uma luz branca e brilhante que acompanha seus movimentos de respiração. Treine uma vez por dia.
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8. FÉRIAS NEÚROBICAS - Viaje para lugares desconhecidos e evite grupos de excursão. Ande de ônibus, experimente a comida e as diversões locais, saia de carro sem um plano definido. A novidade é a essência das boas férias e do vigor cerebral.
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9. IMAGENS DISTORCIDAS - Você pode treinar a memória na hora de montar a lista de compras. Imagine uma maçã com todos os detalhes - cores, defeitos, tamanho. Agora modifique sua maçã com alguns exageros - torne-a gigantesca, por exemplo. Faça isso com cinco itens no começo e com toda a lista no futuro.
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10. PAUSA PARA O CAFEZINHO
- São chances preciosas de relaxamento mental e interação social. Prefira almoçar fora do prédio da empresa e convide os amigos. Mas evite os chatos e as companhias estressantes.
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11. FESTIM PARA OS SENTIMENTOS - Freqüente a feira livre com alma de explorador. Invente refeições com produtos cujo aspecto lhe pareça agradável. Visite mercados étnicos e prove novos cheiros e sabores. Eles acrescentam acordes na sinfonia de sua atividade cerebral.
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12. RECONSTRUA O DIA - Antes de dormir, procure relembrar tudo o que aconteceu durante seu dia, reconstituindo cenas e diálogos com detalhes e na ordem em que ocorreram. Com o tempo, os detalhes vêm à mente com mais facilidade.
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13. CORPO E MENTE SARADOS - Troque a esteira da academia pela corrida nas ruas. Andar, correr ou pedalar numa trilha ou calçada abre a mente para experiências multissensoriais com o imprevisto de cada esquina.
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14. NOVIDADES À MESA - Uma vez por mês, experimente pratos que sejam uma total novidade para você. Acompanhe a refeição com a música do país correspondente para acrescentar uma dimensão auditiva às sensações do paladar.
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15. NUTRIENTES VITAIS - Comer bem é fundamental para garantir o bom funcionamento das células que atuam na aquisição da memória. Consuma muita água, sódio, cálcio e magnésio, presentes nos alimentos. Cápsulas de fósforo, diferentemente da crença popular, não melhoram a memória.
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16. SONO RESTAURADOR - Para a memória, uma soneca de 50 minutos pode ter o efeito de uma noite bem dormida. É durante a fase dos sonhos que as informações adquiridas se instalam no cérebro, ''liberando espaço'' para novos aprendizados. O ideal, para quem estuda muito, é intercalar duas horas de estudo com uma soneca de uma hora. Mais valem dez minutos de estudo a cada dia do que cem minutos em um único dia.
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17. REVIRANDO A MESA - Troque objetos e mude-os de lugar em sua mesa de trabalho. Incorpore um pouco de ''desordem'' a sua rotina. Quando possível, altere o horário de reuniões e da realização das tarefas.
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18. PRATICAR SEMPRE - O cérebro pode ser comparado a um músculo que, se não for usado, atrofia. Vale tudo: desde as tradicionais palavras cruzadas até criar o hábito de anotar os sonhos logo ao acordar, com todos os detalhes possíveis. Aos poucos, a história escrita vai ficar cada vez mais completa.
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Recebido por email (fonte não mencionada)